“Faço um tratamento no Hospital Geral para varizes e em uma avaliação de rotina o médico encontrou o nódulo e me encaminhou para o ginecologista, depois para o Instituto de Câncer que solicitou a biopsia. Mas, o pedido está emperrado na Central de Regulação desde junho. A gente acaba pensando que até conseguir um diagnóstico já está com um pé na cova”, desabafa Alice Maria .
A empregada doméstica conta que no fim de janeiro esteve na Central de Regulação e ouviu a mesma resposta dada ela nos últimos oito meses. O pedido da ‘care biopsia de mama guiado por ultra sonografia’ está parado por falta de equipamentos no Hospital Metropolitano, localizado em Várzea Grande e administrado por uma Organização Social de Saúde.
Ela conta que o apoio que procurava do Estado, recebeu da ONG MT Mamma (Associação de Trabalhadores Voluntários contra o Câncer de Mama), que orientou a paciente sobre os seus direitos e ainda a ajudará a acionar a Defensoria Pública de Mato Grosso, para conseguir realizar o exame e iniciar o tratamento.
Outro Lado
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde (SES), serão realizados mutirões de biopsia de próstata e mama no Hospital Metropolitano todos os sábados até que fila acabe.
Ainda de acordo com a SES, o mutirão começa neste sábado (15). As pessoas que aguardam para realizar esses exames no Metropolitano podem contatar a Central de Regulação de Cuiabá, para saber se estão na lista, o número de telefone é 3616-9100.
Apoio
A Associação oferece apoio psicológico, aulas de yoga, reik, meditação visando a auto estima dos pacientes com câncer. Mas de acordo com a voluntária do MT Mamma Elisa Karla da Silva, os pacientes do Sistema Único de Saúde encontram muita dificuldade antes, durante e após o tratamento. Para colaborar, o MT Mamma dispõe de seu advogado para orientar os pacientes.
“As pessoas passaram a nos procurar, em busca de exames e cirurgias, mesmo não sendo esse o nosso papel. Sentimos a necessidade da população e firmamos parcerias com clínicas particulares, realizamos cerca de 40 biopsias e mamografias duas vezes ao ano”, contou Elisa.