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Caixa aporta R$ 63 bi e política industrial alcança R$ 405,7 bi em financiamento, diz Planalto

Com a entrada da Caixa Econômica Federal, subiu para R$ 405,7 bilhões o total de recursos disponíveis para linhas de crédito do Plano Mais Produção, que integra a Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial do governo Lula 3. Segundo o Planalto, a Caixa aportou R$ 63 bilhões para o programa, que já contava com crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Finep, Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa) e Embrapii. O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou em agosto que mais bancos públicos, como a Caixa, se preparavam para aportar recursos no Plano Mais Produção.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira, quando o Executivo faz um evento no Palácio do Planalto para promover as ações relativas à missão 3 da NIB, relativa à mobilidade verde e cidades sustentáveis. De acordo com o governo, são R$ 1,6 trilhão em projetos ligados a essa missão, que tem como objetivo “melhorar a qualidade de vida nas cidades, integrando mobilidade sustentável, moradia, infraestrutura e saneamento básico”. A maior parte desses recursos, 75%, provém da iniciativa privada.

Dos recursos públicos, R$ 113,7 bilhões vêm das linhas de crédito e subvenções do Plano Mais Produção, sendo R$ 48,6 bi já destinados a projetos afins, desde 2023, e outros R$ 65,1 bi disponíveis até 2026. Também entram na conta para a missão 3 outros R$ 492,4 bilhões da Caixa, do Banco do Nordeste (BNB) e do BNDES destinados a obras do PAC e do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

De acordo com o Planalto, entre os anúncios da iniciativa privada, a WEG informou que dará início a um ciclo de investimentos para produzir baterias elétricas em larga escala no Brasil, com aporte inicial de R$ 1,8 bilhão. “Assim, a WEG soma-se a outras empresas que já operam no país com essa perspectiva, como a BorgWarner, que desenvolve baterias para ônibus elétricos em sua unidade de Piracicaba (SP)”, disse o governo.

Também há expectativa de que, durante a cerimônia desta quarta-feira, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) anuncie investimentos de R$ 833 bilhões no País. Já a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) aportará outros R$ 222,5 bilhões e a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, R$ 1,6 bilhão, totalizando R$ 1,05 trilhão nas áreas de moradia, infraestrutura e saneamento até 2029. A maior parte dos recursos será destinada a obras de mobilidade urbana, saneamento, aeroportos, ferrovias, rodovias e portos, entre outros.

Na cerimônia, a Finep assinará oito contratos de subvenção e dois de crédito direto para desenvolvimento de novas tecnologias, no valor total de R$ 157 milhões. Destes, quase R$ 10 milhões irão para o projeto de um “barco voador”, veículo capaz de voar sobre a lâmina dos rios.

Dentre as metas definidas para a missão 3 da NIB está alcançar, até 2026, ao menos 3% dos veículos eletrificados brasileiros circulando com baterias nacionais. A meta é chegar a 33% até 2033. Outro objetivo é entregar, até 2026, dois milhões de moradias no MCMV, das quais 500 mil serão equipadas com painéis solares. E, até 2033, 6,9 milhões de casas, sendo 1,4 milhão com painéis fotovoltaicos.

Estadão Conteudo

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