O e-mail, divulgado na segunda-feira (10) pela organização conservadora "Judicial Watch", foi obtido com base em um pedido de acesso à informação junto ao Pentágono.
A mensagem, enviada na época pelo almirante William McRaven, chefe do Comando das Operações Especiais, aos subordinados, instruía aqueles que ainda possuíam fotos a destruírem "imediatamente".
Bin Laden foi morto durante uma operação do Time 6 (Team Six) dos Seals, a tropa de elite da Marinha dos Estados Unidos em 2 de maio de 2011 na casa onde estava escondido em Abbottabad, no Paquistão.
No e-mail, McRaven ordenava aos militares: “Um item em particular que eu gostaria de enfatizar são as fotos, em particular de Osama Bin Laden. Nesse ponto, todas as fotos já devem ter sido enviadas à CIA; se você ainda tem, deve destrui-las imediatamente”.
A ordem para destruição do material ocorreu 10 dias depois da agência de notícias Associated Press solicitar as fotos do corpo de Bin Laden morto e outros documentos da operação junto ao governo americano baseando-se na Lei de Acesso à Informação do país.
Quando um pedido é feito com base nesta legislação, a agência é obrigada a preservar o material solicitado, mesmo que no futuro a solicitação seja negada, diz a AP.
Até o momento, a agência diz não ter recebido a cópia do e-mail e nenhum documento que respondesse oficialmente à solicitação.
Na época do ocorrido, um porta-voz da CIA informou que documentos relacionados à operação foram guardados em posse da agência para comprovar que a ação militar foi conduzida conforme as ordens do então diretor da CIA, Leon Panetta.
O presidente da "Judicial Watch", Tom Fitton, afirmou que o documento é uma "prova do crime" e que é direito dos americanos obterem as informações sobre o caso.
G1 Mundo