Um grande problema que causa mortes por afogamento, principalmente em piscinas antigas, é a sucção dos ralos. A dica mais importante para este caso é o uso de tocas, para evitar que as crianças sejam sugadas ou que fiquem presas no fundo da piscina.
“Só prender os cabelos com um elástico não elimina as chances de uma criança ser sugada”, afirma o engenheiro químico formado pela USP e especialista em segurança de piscinas, Nilson Maierá.
Segundo a Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático), as piscinas foram responsáveis por 1,6% de todos os casos de morte por afogamento, mas representam 53% de todos os casos com crianças entre um e nove anos.
Um responsável deve estar sempre de olho em crianças pequenas
Crianças devem nadar acompanhadas dos pais e sempre com boias
O especialista diz que o Brasil não tem uma lei especifica que proteja a população contra os riscos de acidentes em piscinas. Mas existem outras simples ações que podem evitar maiores problemas.
“Quando as pessoas vão entrar na piscina a bomba deve ser desligada. Em piscinas residenciais de pouca frequência, isto não é problema”, alerta Maierá.
Maierá afirma que só no Brasil existe aproximadamente duas milhões de piscinas. A maioria delas foi construída da forma antiga e possui apenas um ralo de fundo, fato que, segundo o especialista, constitui o perigo de acidentes.
Outro ponto importante que deve ser observado é a grade do ralo de fundo. Se estiver sem grade, quebrada ou mal fixada, a piscina deve ser interditada.
“Sem a grade de proteção o risco de afogamento fica muito perigoso. A água da piscina não pode estar turva porque impossibilita a visão do ralo de fundo e algum corpo pode ficar preso”, diz o especialista.
Outra dica importante é não sentar no ralo. Não apenas o cabelo, o corpo pode ser sugado da mesma forma. Com essas prevenções as crianças podem se divertir sem muita preocupação, sempre usando boias. Para as crianças de até quatro anos, é importante que elas estejam sempre acompanhadas por um responsável.
Zap