A cidade de São Paulo e municípios da região metropolitana voltaram a registrar ontem chuvas volumosas e vendavais. De acordo com balanço da concessionária Enel, divulgado às 18h55 desta quarta, 71,8 mil clientes da companhia estavam sem energia, sendo 52,7 mil na capital paulista.
Na noite de ontem, relatos davam conta de que na Vila Madalena, na zona oeste da cidade, as Ruas Agisse e Luminárias ficaram sem luz. Em bairros como Pompeia e Perdizes, também na zona oeste paulistana, o fornecimento de luz ficou intermitente.
Conforme o Corpo de Bombeiros, foram registradas 51 ocorrências de queda de árvores, sem vítimas, até as 19h10, além de 13 chamados para pontos de alagamento e inundação – os endereços não foram informados. A queda de árvores, que acaba por danificar a fiação, é uma das principais razões para a interrupção no fornecimento de energia.
ESTADO DE ATENÇÃO
Às 17h53, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), órgão da Prefeitura de São Paulo responsável pelo monitoramento das condições meteorológicas na capital, colocou toda a cidade em estado de atenção para alagamentos. Os locais com maior concentração de chuva foram a região central, e os bairros de Vila Mariana e Aclimação, ambos na zona sul.
As fortes precipitações, que podem evoluir para tempestades com ventos mais intensos, são reflexos de um ciclone extratropical que se formou entre o Uruguai e a costa do Rio Grande do Sul.
Moradores e comerciantes da Grande SP temem um novo apagão, semelhante ao que se seguiu ao forte temporal de 11 de outubro, quando mais de 3,1 milhões de clientes da Enel, distribuidora de energia elétrica, ficaram sem luz na região – problema que se esticou por toda a semana seguinte.
A Defesa Civil do Estado de São Paulo afirma que vai reforçar as ações de prevenção e monitoramento após a previsão de chuvas e “ventos que podem ultrapassar os 70 km/h” no Estado. A previsão é de que esses vendavais sejam registrados entre hoje e amanhã. Um gabinete de crise deve ser montado para operar durante este período.
“Atenção especial para a Baixada Santista e regiãometropolitana de São Paulo. Com isso, o órgão realizará atividades preventivas nessas regiões, em especial em áreas mais vulneráveis, com risco de desabamentos, alagamentos e ocorrências relacionadas a descargas elétricas”, afirma a Defesa Civil.