Uma ação conjunta das polícias civis de Mato Grosso e Distrito Federal resultou na prisão de um homem acusado de participação em um homicídio no município de Tapurah (436 km de Cuiabá). O suspeito foi detido em Brasília. Segundo as informações iniciais, a vítima, identificada como João Filho da Silva Amaral, 42 anos, foi esquartejado depois de cair em uma emboscada e teve o corpo jogado em um córrego. O crime ocorreu em novembro de 2022.
O crime teria sido motivado pelo fato da vítima, que era ligada ao Comando Vermelho, trocar de facção para se unir ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Dessa maneira, o “tribunal do crime” teria ordenado a execução de “Nego João”.
De acordo com o delegado de Tapurah, Artur Almeida, a prisão é resultado de três meses de investigações e trabalho de inteligência conduzidos pela unidade policial para chegar ao paradeiro. O criminoso estava foragido desde que foi identificado pela Polícia Civil de Mato Grosso como um dos principais envolvidos na morte brutal de João Filho da Silva Amaral, de 42 anos, ocorrida em novembro de 2022.
O crime chocou a comunidade local, quando a vítima foi encontrada esquartejada, no dia 7 de novembro daquele ano. Nego João foi levado para uma residência, onde assassinado e teve o corpo esquartejado. João Filho foi atraído para a emboscada na madrugada de 5 de novembro . No local estavam outras duas pessoas aguardando a chegada da vítima. A Polícia Civil foi comunicada pela ex-mulher da vítima, que informou que procurou João Filho depois dele não retornar à residência que tinha na cidade.
No dia 07 de novembro, a Delegacia de Tapurah recebeu novas informações que apontavam que a vítima foi vista em um bar da cidade com várias pessoas, algumas ligadas a uma facção criminosa, e depois o grupo teria saído do local com João Filho para dar um ‘salve’ nele.
Após executar a vítima, ainda na residência, os criminosos a esquartejaram e depois jogaram o corpo às margens do córrego Barela, em Tapurah.
O principal executor do crime foi preso ao ser flagrado transportando um carregamento de 160 tabletes de cloridrato de cocaína, que saiu de Tapurah, e foi interceptado na BR-163, próximo ao município de Jangada, no início de dezembro de 2022. Outros envolvidos no crime foram presos em janeiro de 2023, durante a Operação Discipulus 3.
Todos os envolvidos no crime, assim como o preso nesta quarta-feira, respondem por homicídio qualificado, associação criminosa e ocultação de cadáver.