Alunos do curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) denunciaram recentemente episódios de racismo envolvendo tanto colegas quanto professores da instituição. As denúncias incluem atos de racismo velado e “brincadeiras” discriminatórias relacionadas ao tom de pele, tanto dentro como fora das salas de aula. Um dos episódios mais graves relatados envolve desenhos de “braços de macaco de pelúcia” que apareceram em um cartaz em uma sala de aula, o que gerou indignação entre os estudantes. Até o momento, a polícia não foi acionada.
Em resposta à gravidade dos fatos, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMT emitiu uma nota oficial no dia 6 de setembro, condenando veementemente os atos de racismo ocorridos. Na nota, o DCE ressaltou que é inadmissível que comportamentos discriminatórios aconteçam dentro de uma instituição de ensino superior, ainda mais quando provenientes de docentes, cujo papel deveria ser o de promover o conhecimento e a inclusão.
Na terça-feira (10), o Kilombo Cassange, coletivo voltado ao acolhimento de estudantes negros, organizou uma mobilização para apoiar os alunos que foram afetados pelos episódios de racismo. A ação teve como objetivo fornecer um espaço seguro para que os estudantes negros do curso de Psicologia pudessem se expressar e receber apoio da comunidade acadêmica.
Uma reunião foi agendada para esta quarta-feira (11), envolvendo representantes da graduação, pós-graduação, centros acadêmicos e o coletivo negro, para discutir as medidas que serão tomadas em resposta às denúncias.
