Segundo o relator das contas da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT) relativas a 2011, conselheiro Valter Albano da Silva, os pagamentos através os pagamentos da Conta Única feitos através do Sistema BBPAG (pagamento por ofício e fora do Sistema Informatizado do Fiplan) somaram, de 2003 a 2011, R$ 101,1 milhões.
A soma foi desviada dos cofres públicos por 41 pessoas físicas, 5 pessoas jurídicas cadastradas no Seap (Sistema de Administração de Pessoal) e 6 pessoas jurídicas sem cadastro no Seap ou no Fiplan (Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças) que por ser eletrônico está menos suscetível a fraudes e desvios como os ocorridos através do BBPAG que era feito por meio de ofício e com pagamentos fora do sistema computadorizado.
As 41 pessoas físicas desviaram recursos da ordem de R$ 16,4 milhões, seguidos pelas 5 pessoas jurídicas com cadastro no Seap (sindicatos de classe) que desviaram R$ 46,4 milhões e outras 6 pessoas jurídicas sem cadastro no Seap ou no Fiplan, no caso factoring, que desviaram R$ 38,2 milhões.
No seu parecer o procurador William de Almeida Brito ponderou: “Resta comprovado que não houve os registros contábeis das saídas dos recursos que remontam o expressivo valor de R$ 101.123.118,61 a uma porque tanto as pessoas físicas como jurídicas não estavam cadastradas nos Sistemas Fiplan e Seap; e a duas porque não havia lançamentos que justificassem os respectivos recebimentos”.