Em assembleia realizada nesta quarta-feira (05), o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (Sintrae/MT) decidiu suspender o movimento paredista, mas deixa claro que se a instituição voltar a “entrar numa zona de conforto” e atrasar outros pagamentos, a greve será retomada com novos atos e manifestações.
Por sua vez, o reitor Dráuzio Antonio Medeiros e o vice-reitor Flávio Henrique dos Santos Foguel afirmaram vão honrar com os compromissos financeiros “cumprindo fielmente com todos os pagamentos futuros”. Em reunião com o presidente do Sintrae, Joacelmo Barbosa Borges, o Professor Biro, ambos deram garantias de que vão apresentar dentro de uma semana um calendário informando as datas de pagamento dos salários ao longo de 2014. Eles também disseram não haverá perseguição ou assédio aos professores que participaram da greve. “Nos deram a certeza que não terá represálias e que nenhum professor será demitido por ter participado da greve”, ressalta o sindicalista.
Os professores estavam sem receber os salários de outubro, novembro, dezembro e 13º. A empresa começou a efetuar os pagamentos nesta terça-feira (04) depois de receber permissão da juíza Graziele Cabral Braga de Lima, da 1ª Vara do Trabalho para movimentar as 2 contas que foram bloqueadas pela magistrada no dia 16 de janeiro. São quase 400 professores que estavam salários atrasados. Destes, pelo menos 348 já confirmaram ao sindicato que os depósitos foram efetuados.
De acordo com presidente do Sintrae, o Univag também pagou o salário de janeiro, cujo prazo ia até esta quinta-feira (05). Os dias de greve não foram descontados. Alguns técnicos da instituição também estavam sem receber, mas a situação deles também foi regularizada. Por enquanto, as únicas pendências não resolvidas envolvem questões previdenciárias como o não recolhimento do Fundo de Garantia Trabalhista (FGTS). “O reitor disse que vão levantar todas as questões do FGTS e nos próximos dias”, informa Joacelmo.
Avaliação
Na opinião do presidente do Sintrae, Joacelmo Borges, as ações do sindicato e o pulso firme dos professores que paralisaram as atividades, fizeram manifestações em frente ao Univag foram essenciais para a empresa regularizar a situação. “Ingressamos com a ação que resultou no bloqueio das contas, mas não temos dúvidas que a atitude dos professores contribuiu, porque eles tiveram que adiar o início das aulas devido a greve”, destaca ele ressaltando que a greve não foi encerrada e sim suspensa. “Se houver novos atrasos ou descumprimento do que foi acordado, voltamos a cruzar os braços e realizar manifestações”, pontua o sindicalista.
Fonte: Gazeta Digital