Morreu na tarde desta segunda-feira (22), em Cuiabá, o jovem de 23 anos que foi baleado na cabeça pelo próprio pai. Rafael Campos Barbosa Nakamura não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral confirmada seis dias depois de ser alvejado. Diligências realizadas pelas delegacias da Polícia Civil de Colniza e de Cotriguaçu descartaram a hipótese de disparo acidental. O suspeito está preso e o caso segue sendo investigado.
Segundo a polícia, Samuel Pires Barbosa, 45, se apresentou na Polícia Militar do Distrito de Nova União, entregou a arma e alegou que o disparo teria ocorrido acidentalmente durante uma discussão com seu filho. Na ocasião, ele foi detido em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.
A vítima foi levada em estado grave para atendimento médico, com uma perfuração na nuca e uma lesão na testa. O jovem foi transferido para Cuiabá, onde permanece internado, com quadro gravíssimo e entubado.
Nas diligências realizadas pela Polícia Civil, a ocorrência foi tratada inicialmente como um acidente, contudo, depoimentos colhidos na investigação e análise de provas materiais apontaram que o disparo feito pelo pai contra o filho foi proposital. Testemunhas relataram um histórico de agressões por parte do pai contra seus filhos e sua esposa.
Buscas realizadas na residência do suspeito resultaram na apreensão de outra arma de fogo, um rifle de calibre 22, com cinco munições intactas, corroborando a suspeita de posse irregular de armas.
Com base nos novos elementos coletados, a Polícia Civil concluiu que o disparo não foi acidental, desconsiderando a versão apresentada inicialmente pelo suspeito.
O delegado de Cotriguaçu, Lucas Pereira Santos, explicou que a prisão em flagrante do pai foi convertida em preventiva. “Ele responderá pelos crimes de posse e porte ilegal de arma de fogo, além de tentativa de homicídio qualificado, caso a vítima sobreviva”, pontuou.
Paralelamente, foi instaurado outro procedimento para apurar as agressões anteriores cometidas pelo investigado contra outros membros da família.
“Uma investigação minuciosa é essencial para garantir que todos os fatos sejam esclarecidos e que a justiça seja feita. O caso continua sendo apurado e a Polícia Civil mantém seu compromisso de proteger os cidadãos e garantir a aplicação da lei”, finalizou o delegado.