De acordo com o delegado responsável pelo caso, Getúlio Queiroz, a mãe estava disposta a ajudar o filho, mas desde que ele retornasse à Bahia. "Ela queria o filho perto dela, mas como ele estava envolvido amorosamente na região e não pretendia voltar para a Bahia, fez esse suposto sequestro para receber essa ajuda e ficar na região de Jundiaí", explica o delegado.
A mãe de Cristiano participou de um bolão da Mega da Virada com outros 21 funcionários do Hospital Municipal de Teofilândia, onde é faxineira, e recebeu cerca de R$ 2 milhões de prêmio. O rapaz forjou o próprio sequestro, para extorquir a quantia de R$ 300 mil. Ele e Wellington Santos Oliveira, de 20 anos,, apontado como cúmplice, foram presos na última sexta-feira (31), em Várzea Paulista.
Ainda de acordo com o delegado, foi a namorada de Cristiano quem ligou para a ganhadora da Mega-Sena, no dia 23 de janeiro, avisando sobre o suposto sequestro. "A mãe procurou a delegacia de Teofilândia e nos comunicou o fato dizendo que teria recebido ligação telefônica da namorada do seu filho que lhe informava que ele havia sido sequestrado e que os sequestrados estavam exigindo um pagamento para a garantia e liberdade do seu filho", explica.
O delegado diz que, depois da vítima receber a ligação da namorada do filho, no mesmo dia, no período da noite, Cristiano entrou em contato com a mãe comunicando que já estava solto graças à ajuda de um amigo. "Esse amigo teria penhorado uma casa, um carro e uma moto e efetuado o pagamento para os sequestradores no valor de R$ 250 mil. E Cristiano teria que restituir o valor, pois poderia ser morto pelo amigo ou por outras pessoas", diz Queiroz.
A polícia desconfiou do sequestro, já que, segundo o delegado, o caso não apresentava os elementos típicos desse tipo de crime. Cristiano e Wellington estão presos no Centro de Triagem de Jundiaí (SP), onde aguardam uma decisão da Justiça.
G1