Segundo o MP, os policiais civis Carlos Alexandre Santos, Mauro José Gonçalves e Victor Coutinho Laccarino serão denunciados por homicídio qualificado. Gonçalves e outros cinco policiais, que aparecem em filmagens removendo o corpo de um dos baleados, serão denunciados por fraude processual.
De acordo com o delegado Glaudiston Galeano, da Corregedoria Interna da Polícia Civil, foi constatado crime porque os policiais alteraram os cenários para forjar autos de resistência. O objetivo da operação no dia 16 de agosto de 2012 era a prisão do traficante Diogo de Souza Feitoza, o "DG", morto em abril.
Um vídeo feito por agentes da própria Polícia Civil durante operação, veiculado pelo site do jornal "Extra", mostra policiais mexendo em uma cena de crime e mudando cadáveres de lugar.
Após a divulgação das imagens, a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, determinou que o caso fosse encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil, que fez o pedido de exumação dos corpos.
A Procuradoria afirmou que os promotores haviam entendido que houve ausência de justa causa para uma ação penal e denúncia dos envolvidos por homicídio. Quanto ao crime de fraude processual, eles concluíram que os policiais não tiveram a intenção de induzir o juiz ou o perito a erro ao remover o corpo, mas sim de socorrer o homem baleado. O juiz responsável pelo caso, no entanto, rejeitou o arquivamento e devolveu os autos à chefia do Ministério Público.
A reportagem do UOL não conseguiu entrar em contato com os policiais envolvidos na operação.
Uol