José Jacinto Siqueira de Arruda, mais conhecido como JEJÉ DE OYÁ, considerado patrono do colunismo social no estado. Ficou famoso em Cuiabá entre as décadas de 50 e 80 por quebrar estigmas e confrontar a elite cuiabana da época, despertando paixões por onde passava.
Com a convivência entre as mulheres no casarão, Jejé aprendeu a costurar, o que fez despertar o interesse em alfaiataria. Ele estudou nesse ramo e foi ganhando notoriedade com as peças que produzia e vestia.
Enfrentou preconceito e a discriminação durante as décadas de 50 e 60 por conta da cor da sua pela e da preferência sexual, mas acabou se firmando como um dos colunistas mais conhecidos e irreverentes da cidade. Ícone da cultura local, costumava se vestir de forma extravagante, com batas coloridas, chapéus, pulseiras e colares.
“Eu vi Jejé pela primeira vez numa grande festa política e ele entrou girando ao som da música Cuiabá Cuiabá, de Roberto Lucialdo, que o homenageia na letra. Ele parecia uma entidade tamanha a energia e suas muitas alegorias e fez daquele um momento inesquecível que trago até hoje na retina”, recorda Flávia Salem, idealizadora da Casa do Parque.
Panacéia surgiu em Cuiabá em 1987. Para a época, a casa noturna era extremamente moderna e atraia um grande público, sob o comando dos irmãos Balú e Edmilson Eid. A casa funcionou até meados dos anos 90 e o ícone Jejé sempre esteve presente e animando as noites cuiabana. Obrigado pela sua personalidade tão autêntica e sábia. JEJÉ DE OYÁ.
A Casa do Parque em parceria com a Artemat (Associação dos Artistas Plásticos do Estado de Mato Grosso) lançou ontem dia 17 de abril a Exposição intitulada JEJÉ DE OYÁ.
Nossos aplausos!