Além disso, um trecho rodoviário também será desativado
Mato Grosso enfrenta um desafio significativo com os deslizamentos no paredão do Portão do Inferno, localizado na MT-251. Como medida de resposta, o governo estadual optou por implementar um retaludamento, consistindo no corte do paredão.
A Lotufo Engenharia e Construções LTDA foi selecionada para executar as obras, porém, aguarda-se a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), dispensando o licenciamento ambiental necessário para o projeto. Estima-se um prazo de 120 dias para a conclusão da obra, com um custo aproximado de R$ 29 milhões.
Além do retaludamento, a proposta inclui a desativação da estrada existente, que será realocada 10 metros para dentro. Essa medida eliminará o tráfego sobre o viaduto, mitigando riscos, e abrirá a rodovia para o tráfego de veículos após a conclusão.
O governador Mauro Mendes apresentou o projeto, destacando-o como a melhor solução dentre as 10 alternativas consideradas, com menor tempo de execução e custo reduzido para os cofres públicos. Ele assegurou que o trânsito na MT-251 não será completamente bloqueado durante as obras, e que o sistema Pare e Siga poderá ser eliminado à medida que o trabalho progrida, mesmo em condições de chuva.
As obras serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30, com o trânsito liberado após as 17h nos dias úteis, e sem interrupções aos finais de semana.
O governo agilizou o processo através de uma licitação emergencial e já emitiu a ordem de serviço, com expectativa de início em até cinco dias após a aprovação dos órgãos ambientais responsáveis pelo Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
Apesar dos esforços, a dispensa de licenciamento ambiental ainda aguarda resposta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Ibama e ICMBio. O governador Mendes expressou confiança de que a solicitação será aceita, considerando-a essencial para o bem-estar da sociedade. Em caso de negativa, os órgãos terão que prestar contas pelo eventual dano causado.
Até o momento, Ibama e ICMBio não se pronunciaram sobre o assunto.