Por Lucas Bellinello
O Circuito MT ouviu dois docentes que comentaram sobre a possibilidade da greve proposta para o próximo dia 15 de abril
Professores da Universidade Federal de Mato Grosso aprovaram o indicativo de greve marcado para o dia 15 de abril. A greve dos docentes pode somar forças com a greve dos técnicos, em paralisação desde o começo do mês.
Caso os professores também entrem em greve, resultaria na completa paralisação da Universidade, prejudicando centenas de alunos em dezenas de cursos.
Pensando nesses alunos, o Circuito MT ouviu dois professores de departamentos diferentes para saber a possibilidade real da paralisação. Entretanto, para preservar esses professores, nomes não serão usados nesta reportagem.
De acordo com o primeiro, situado no Instituto de Computação, a greve é quase uma certeza entre os docentes que estão insatisfeitos com as bonificações da carreira, bem como a ausência da ampliação de investimentos na educação.
“É uma certeza, vai ter! Pelo que vi, a maior parte das lideranças do segmento estão apoiando o movimento”, disse o professor.
Já para o segundo professor, situado no departamento de Química, caso a greve saia do papel, não irá durar muito.
“Eu acho que a greve não irá atrapalhar muito os alunos, pois não deve ser duradoura. O governo já demonstrou interesse em negociar com as lideranças. Outro ponto é que a greve provavelmente só deve se iniciar no fim do semestre”, explicou o professor.
Caso a greve se inicie, as paralisações devem começar apenas após o fim das provas, evitando a paralisação de um semestre que já está no fim. Dessa forma, os estudantes serão poupados de transtornos ainda maiores.