O Tribunal do Júri da Comarca de Tapurah (433 km de Cuiabá) condenou, na última semana, Wellington Santos de Melo a pouco mais de 34 anos de reclusão em regime fechado por duplo homicídio. As vítimas, identificadas como Joel Pereira da Silva e Riquelme Souza Félix, foram decapitadas por serem membros de uma facção criminosa rival à do suspeito.
Wellington também foi sentenciado pelos crimes de corrupção de adolescentes e ocultação de cadáver.
Conforme o Ministério Público de Mato Grosso, o crime aconteceu em abril de 2022. As vítimas Joel Pereira da Silva e Riquelme Souza Félix foram mortas por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das mesmas em um local de mata entre as cidades de Tapurah e Itanhangá.
Os cadáveres das vítimas foram ocultados com ajuda de dois adolescentes, que também participaram dos atos de execução do homicídio.
Segundo apurado durante as investigações, o crime foi motivado pelo fato de os executores acreditarem que as vítimas faziam parte de uma facção criminosa rival. Em plenário, o promotor de Justiça Marlon Pereira Rodrigues defendeu que “provas demonstravam ter ocorrido um ‘tribunal do crime’ por parte de integrantes de facção criminosa”.
Conforme o membro do MPMT, por acreditarem que as vítimas pertenciam a uma facção criminosa rival, elas foram “executadas com crueldade, mediante remoção das cabeças enquanto ainda estavam vivas”.
A polícia obteve o vídeo das duas execuções, que ajudaram na identificação dos envolvidos. No dia 8 de março, outro denunciado pelos mesmos crimes será julgado pelo Tribunal do Júri.