DESTAQUE 2 Jurídico

Justiça Estadual aceita denúncia e trio acusado de executar advogado a tiros em Cuiabá se torna réu

Atendendo à denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), a Justiça Estadual tornou o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Vargas, o instrutor de tiro Hedilerson Fialho Barbosa e o pedreiro Antônio Gomes da Silva réus pelo assassinato do advogado Roberto Zampieri. A decisão foi do juiz Wladimir Perri, da 12º Vara Criminal de Cuiabá.

O magistrado também converteu a prisão temporária do trio em preventiva por meio de uma decisão sigilosa assinada no último domingo. Perri também determinou que os envolvidos sejam submetidos a uma avaliação psicológica

O crime ocorreu em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. A denúncia narra que Antonio Gomes da Silva, “utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, auxiliado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, agindo ambos mediante paga e promessa de recompensa efetivada por Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima”.

Segundo apurado na fase de investigação, por motivos ainda não esclarecidos, o coronel reformado Etevaldo contratou o pedreiro Antonio e o instrutor de tiro e despachante Hedilerson para matar Roberto Zampieri. Em novembro, Antonio procurou a vítima sob o falso pretexto de contratar seus serviços profissionais.

Ele chegou a marcar uma visita a uma propriedade rural com o advogado, com a intenção de matá-lo com uso de uma marreta. Na data marcada, o advogado mandou um amigo em seu lugar, frustrando o plano.

Posteriormente, Antonio solicitou que Hedilerson lhe trouxesse uma arma de fogo para execução do crime, recebendo uma pistola.

“Na noite do macabro assassinato, a vítima saiu do interior de seu escritório de advocacia e, instantes após entrar no seu veículo automotor, foi surpreendida por Antonio Gomes da Silva, que já a espreitava, oportunidade em que foi atingida por diversos disparos de arma de fogo, que causaram sua morte por choque hipovolêmico decorrente de ferimentos perfuro-contundentes”, narra a denúncia. Antonio receberia R$ 40 mil para a execução do crime.

Apontada como uma das mandantes do crime, Maria Angélica Caixeta Contijo não foi indiciada por falta de provas.

João Freitas

About Author