Esportes

Copa terá menos obras de mobilidade e metade da verba

 
Em vez dos R$ 15,4 bilhões (corrigidos pela inflação) previstos em 2010 para 56 intervenções nas 12 sedes, restaram 39 projetos e R$ 7,9 bilhões.
 
Dos empreendimentos anunciados no plano de investimentos para a Copa, em 2010, só quatro estão prontos –os demais têm previsão de entrega entre fevereiro e junho. A Copa começa em 12/6.
 
Em geral, obras deixaram o plano inicial por atrasos em licitações, projetos com problemas, orçamentos estourados e falta de tempo para conclusão até o torneio.
 
CIDADES
 
O contraste entre planos para a Copa e realidade não é pequeno.
 
Em 2010, a Porto Alegre que se preparava para a Copa, se comprometeu a fazer intervenções ambiciosas, como corredores e terminais de BRT (corredor rápido), duplicações e viadutos.
 
Quatro anos depois, a prefeitura local entende que o fundamental para a Copa é o acesso ao estádio Beira-Rio.
 
Conclusão: só duas das obras de mobilidade ficaram –a pavimentação ao redor do estádio e um conjunto de vias que leva ao local.
 
Brasília tem apenas uma obra de mobilidade urbana prevista para a Copa. Tal qual Porto Alegre, o BRT ficou para depois -estão sendo feitas melhorias nos acessos no entorno do aeroporto, ponto crônico de trânsito.
 
Os piores exemplos estão em Manaus, em que nenhuma obra sairá do papel até a Copa, e Cuiabá. Já São Paulo priorizará o transporte individual.
 
O Rio é um dos poucos que pode cumprir, ainda que com atraso, o compromisso para o torneio mundial.
 
A cidade elencou apenas uma obra para a Copa, a via Transcarioca, também um corredor rápido de ônibus, que ligará o aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca.
 
A via ficará pronta em maio, diz a Secretaria Municipal de Obras, a um mês da competição e com um ano de atraso.
 
De maneira geral, o governo federal tem argumentado que as obras que não ficaram prontas a tempo não comprometerão a Copa –e integrarão o PAC da Mobilidade.
 
Nessa modalidade, as obras se desvinculam da realização do torneio e o prazo de conclusão é mais elástico.
 
Folha de São Paulo

Redação

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