Por Lucas Bellinello
Pesquisadores do Laboratório de Metabolismo Mitocondrial e Neurotoxicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) marcaram presença na 27ª Conferência Europeia de Pesquisa em Drosophila (EDRC), realizada na França, apresentando estudos inovadores nas áreas de doenças crônicas, envelhecimento e efeitos de agrotóxicos.
O foco das pesquisas envolve a investigação do potencial de extratos da flora amazônica como agentes protetores em processos neurodegenerativos, utilizando a Drosophila melanogaster, conhecida como a mosca-da-fruta, como modelo experimental.
Quatro trabalhos foram apresentados durante o evento, sendo três deles provenientes de projetos de Iniciação Científica conduzidos por Andrielle Adelina Teodoro de Jesus, Maria Eduarda Monteiro Martins dos Santos e Maria Eduarda Silva Soares. Além disso, um estudo de mestrado, realizado por Douglas Lisboa Ramalho e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Química da UFMT, também foi destaque.
O professor Anderson Souza, coordenador do laboratório, ressaltou a importância da participação em eventos internacionais, destacando que essa oportunidade possibilita a ampliação de redes de contatos e o estímulo ao intercâmbio de conhecimentos entre pesquisadores. Ele enfatizou a relevância do EDRC, um evento bienal que reúne mais de 800 cientistas de diversos países, como uma plataforma para a atualização dos conhecimentos relacionados às temáticas estudadas na UFMT.
O uso de animais como modelos experimentais é uma prática comum nas ciências da saúde para avaliar os efeitos de substâncias em organismos vivos, sem a necessidade de testes diretos em seres humanos.
As moscas-da-fruta, devido ao baixo custo e à capacidade de proporcionar observações rápidas dos efeitos, desempenham um papel fundamental na pesquisa básica, oferecendo uma alternativa ética e eficiente para a compreensão de diversos fenômenos biológicos.