Por Lucas Bellinello
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (12) a Operação Marca D’água, visando desarticular uma quadrilha especializada na produção e venda de documentos públicos falsos, com destaque para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A prática criminosa abrangia os estados de Mato Grosso e Goiás.
O início das investigações ocorreu a partir de uma abordagem realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Pontes e Lacerda, no mês de dezembro de 2022. Na ocasião, um caminhoneiro foi flagrado apresentando uma CNH falsificada. Após a detenção, o indivíduo foi conduzido à Delegacia de Polícia Federal em Cáceres, onde, em depoimento, apontou um despachante de Cuiabá como o suposto vendedor do documento ilícito.
Ao longo do inquérito, constatou-se que o caminhoneiro não apenas adquiria os documentos, mas também integrava ativamente a associação criminosa, desempenhando o papel de intermediário entre os compradores e os falsificadores.
De acordo com as evidências levantadas, os documentos falsificados eram produzidos em Goiás e, em seguida, enviados para Mato Grosso, onde os intermediários efetuavam as transações fraudulentas.
No decorrer desta ação, três mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta segunda-feira. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal de Cáceres, sendo dois endereços em Cuiabá e um em Firminópolis (GO), contando com o apoio da Polícia Militar na operação.
Os investigados podem responder pelos crimes de falsificação de documento público (conforme o artigo 297 do Código Penal) e associação criminosa (segundo o artigo 288 do Código Penal), cujas penas previstas podem alcançar até 9 anos de prisão, além de multa.