Setor agropecuário de Mato Grosso registra maior perda de postos de serviço com carteira assinada em outubro de 2023 no comparativo com as demais atividades econômicas, aponta boletim do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta semana. Ao todo, foram 305 empregos perdidos.
A queda também se deu em nível nacional, sendo o único setor a fechar o mês com números negativos. No mês anterior, o ramo teve saldo líquido de 1.656 vagas formais destruídas.
Apesar da perda no segmento, o balanço geral no estado foi positivo, com quase 50,2 mil contratações e 48,3 mil demissões – resultando no saldo de 1.887 oportunidades criadas no período. A maior parte das vagas foi gerada nos setores de comércio e serviços – com 15,2 mil e 15,8 mil admissões e resultado positivo de 1.078 e 842 novos postos de serviço, respectivamente.
Oferta de vagas temporárias
Em entrevista à imprensa, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou que quase metade do estoque de trabalho registrado no Brasil é temporário. Conforme o titular da pasta, dos 44 milhões de empregos registrados nos primeiros nove meses do ano, 17 milhões são contratos de quatro a seis meses.
A tendência é que o cenário se intensifique ainda mais nas últimas semanas do ano. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a oferta de postos de atuação de curta duração será a maior dos últimos 10 anos. O otimismo também se aplica às condições de trabalho, com incremento nos salários pagos aos profissionais contratados.
Levantamento do Instituto de Pesquisas da Fecomércio-MT (IPF-MT) estima que mais de 6,3 mil oportunidades temporárias sejam criadas no estado para este período em função do aquecimento do consumo, especialmente nas áreas de atendimento ao público, vendas, serviços administrativos, entre outros. A projeção é 2 pontos percentuais superior em relação ao ano passado. (com informações da assessoria)