Jang Song-thaek, o número dois do regime comunista, foi executado no mês passado depois de ter sido considerado culpado por “tentativa de derrubar o Estado”. Ele, que era casado com a tia de Kim, também foi acusado de corrupção, orgia e consumo de drogas, e referido pelo ditador norte-coreano como “escória humana desprezível”.
De acordo com “Wen Wei Po”, Kim e seu irmão Kim Jong Chol teriam supervisionado a atrocidade por uma hora com 300 outros funcionários. O diário acrescentou que Jang e os outros assessores foram “completamente devorados”.
O jornal tem atuado como porta-voz do Partido Comunista da China. O relato, segundo a NBC News, pode ser um reflexo do embate entre integrantes do partido que querem permanecer próximos à Coreia do Norte e aqueles que gostariam de se distanciar do regime de Kim.
O jornalista Max Fisher, do “Washigton Post”, destaca que rumores como esse surgem com frequência na Coreia do Norte, onde o “governo tem uma reputação bem merecida devido às punições políticas medievais”. E chama atenção para o fato de que o jornal “Wen Wei Po” é conhecido por publicar histórias sensacionalistas e “que nem sempre são verdade”.
Jang foi visto por muitos analistas como um regente por trás da dinastia de Kim e uma conexão fundamental entre a Coreia do Norte e a China. Sua morte representou a maior mudança política na Coreia do Norte desde a morte do ditador Kim Jong-il, em 2011, que abriu as portas do poder para seu filho Kim Jong-un.
O Globo