Política

FHC afirma que falta ‘traquejo’ a Barbosa para liderar País

Barbosa já negou que tenha intenção de se lançar candidato à Presidência em 2014, mas não descarta disputar uma eleição futuramente. Ele admite se aposentar antes do limite legal de 70 anos e seu nome costuma ser incluído em cenários de pesquisas de intenção de voto. O ministro ganhou projeção ao relatar o processo do mensalão. Por ser magistrado, conforme a legislação eleitoral, Barbosa possui um prazo diferente para se filiar a um partido político e disputar um cargo eletivo – ele pode fazer isso até seis meses antes do pleito, ou seja, até abril do ano que vem.
 
"Ele não tem o traquejo, treinamento para isso (ser presidente). Uma coisa é fazer carreira de juiz. Outra coisa é ter capacidade de liderar um País. Eu não creio que ele tenha as características necessárias para conduzir o Brasil de maneira a não provocar grandes crises no País", afirmou Fernando Henrique em entrevista ao programa Manhattan Connection, da Globonews, na noite do domingo, 29.
 
"Tenho admiração por ele. Acho que seria mais positiva uma candidatura não diretamente para a Presidência. Ao Senado, ou talvez até à Vice-Presidência", disse.
 
Para FHC, o nome do ministro Joaquim Barbosa ganhou força no cenário político graças à descrença da sociedade nas instituições, sentimento que veio a reboque das manifestações de junho. "As pessoas descreem tanto nas instituições que buscam heróis salvadores. Ele teria de ter um partido para começar, acho que ele é uma pessoa que tem sentido comum e duvido que vá fazer uma aventura desse tipo", disse o ex-presidente, para quem a busca por um "salvador" é um movimento "perigoso".
 
"O sentimento de que nós precisamos ainda de um salvador é a mostra de que nossa democracia não está ainda consolidada. É perigoso."
 
A assessoria de Barbosa informou que o ministro não iria comentar as declarações de Fernando Henrique.
 
Mensagem
 
Na segunda-feira (30), o ex-presidente publicou no Facebook mensagem em que elogia o Supremo pela prisão dos condenados no mensalão. Segundo ele, a punição dos réus e os protestos de junho foram "sinais alentadores" de um ano que não "foi dos melhores". "O STF mostrou que mesmo os poderosos têm de obedecer às leis, pagando os desvios de comportamento com o preço da liberdade."
 
FHC, porém, inicia a nota criticando a gestão Dilma Rousseff. Diz que "nuvens pesadas rondam a economia" e que a inflação é "perigosa".
 
Fonte: IG

 

Redação

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