Política

Magalhães quer ser candidato do PSDB

Para ele, a agremiação precisa arriscar uma candidatura própria para fortalecer a empreitada do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República. Além disso, ele acredita que o caminho que o PSDB está seguindo atualmente pode enfraquecê-lo no Estado. 
 
“O PSDB tem condições de ter palanque próprio. Além do mais, temos que dar apoio e fortalecer ao máximo o partido para a eleição de Aécio. Para mim, o caminho para o partido ir se diminuindo é focar apenas nas [eleições] proporcionais”, pontua. 
 
Magalhães lembra que o diretório estadual do partido nunca reagiu desta forma frente a uma eleição. Segundo ele, a legenda sempre buscou fazer parte do pleito majoritário. 
 
“Nunca tivemos este tipo de coligação diferenciada, na qual se esquece a possibilidade de um palanque próprio, interessados exclusivamente nas proporcionais”, afirma, avaliando que a mudança de postura pode ter ocorrido devido ao desinteresse dos militantes em encabeçar a disputa. 
 
Mesmo nunca tendo sido candidato a nenhum cargo eletivo, o ex-secretário se diz disposto a representar a legenda. Ressalta ainda não ter o interesse de interferir em planos alheios – em uma referência velada à candidatura de Taques ao governo -, mas apenas ter a certeza de que seu partido tem capacidade o suficiente para encabeçar uma chapa própria. 
 
“Apesar da minha pretensão, não vou ser um candidato rebelde. Só acredito que, pelo tamanho que o PSDB tem no Estado, poderíamos facilmente ter palanque próprio. Talvez essa possibilidade ainda não foi viabilizada porque não tem ninguém disposto a se candidatar. Por isso, vou colocar meu nome à disposição e aguardar o apoio do partido”, explica. 
 
A mesma “estratégia” já foi defendida pelo deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), em agosto. Na época, o parlamentar afirmou que o partido deveria “se sacrificar” e lançar um candidato para fortalecer o nome do senador Aécio Neves em Mato Grosso. 
 
O deputado tucano, no entanto, ponderou que o partido poderia sair prejudicado caso isso ocorra. Isto porque, em 2010, como candidato à Prefeitura de Cuiabá, ele não teve o respaldo necessário da cúpula nacional. 
 
Maluf disputou o comando do Palácio Alencastro e, embora tenha iniciado a corrida eleitoral em segundo lugar nas pesquisas, acabou como terceiro colocado no pleito. 
 
Ele próprio atribui o mau desempenho à ausência de assistência do partido, fator este que também teria influenciado a decisão do diretório regional de não lançar ninguém ao Paiaguás em 2014. 
 
Segundo Maluf, o objetivo prioritário da sigla no Estado é lançar uma chapa proporcional forte, com candidatos à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa que tenham chances reais de se eleger. 
 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões