O diretor contou um pouco mais: “Em essência, ele [Capitão Marvel ou Shazam] é muito parecido com o Super-Homem. Ainda há a questão do garoto preso dentro do corpo de um super-herói, então há uma oportunidade de brincar com o lado do humor miturado à ação. Originalmente, Stan Lee me trouxe o Quarteto Fantástico para dirigir. Aí sempre me pergunto `por que eu?`. Stan disse que era porque há senso de humor nos heróis da Marvel. Que estes personagens têm falhas e que isso os torna engraçados”. Segal revela que foi o produtor Toby Emmerich quem se aproximou e lhe ofereceu Shazam, suposto nome do longa. “E foi por estas mesmas razões: usar o humor e misturar com grandes cenas de ação. Sempre adorei Shazam, mas não acho que ele vá ver a luz do dia tão cedo”.
O Capitão Marvel – de novo, atual Shazam – é um dos maiores heróis do universo DC. Ele foi criado em 1939, um ano depois do surgimento do Super-Homem e era quase uma cópia do maior personagem da DC Comics. O herói estreou um ano depois, em 1940, na editora Fawcett. A história mostra Billy Batson, um repórter de rádio que é escolhido pelo mago Shazam como seu campeão. Quando Billy pronuncia "Shazam" transforma-se no Capitão Marvel, um sujeito com podres como superforça e voo. Era praticamente invencível.
A revista do personagem vendia muito bem e tudo era só alegria até o dia em que a DC Comics resolveu processar a Fawcett, alegando quebra de direitos autorais. Resultado: em 1953 a publicação foi suspensa e Capitão Marvel desapareceu por um bom tempo. Apenas em 1972 a própria DC licenciou o personagem (e seus coadjuvantes) e lançou novas histórias. No início dos anos 90, a DC comprou definitivamente os direitos de publicação e hoje o super-herói integra o universo da editora. Tudo bem que ele quase nunca aparece, seus gibis próprios são frequentemente relançados e cancelados, mas beleza.
Só para você saber: nos anos 40, o Capitão Marvel ganhou uma série exibida nos cinemas antes do filme principal. Nos anos 70 ele teve um seriado televisivo também.
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