Na semana passada, a SMO (Secretaria Municipal de Obras) solicitou a antecipação do cronograma de obras do segundo trecho Transcarioca ao consórcio responsável pela empreitada, formado pela OAS, Carioca e Contern. Comunicou às construtoras que, apesar do contrato, espera que o corredor de ônibus esteja pronto na Copa. Avisou que não pretende pagar nada além do inicialmente combinado para que a obra seja concluída quatro meses antes do prazo.
A Transcarioca vai custar R$ 1,59 bilhão aos cofres municipais. De acordo com documento assinado pelo prefeito Eduardo Paes em janeiro de 2010, a obra deveria ter começado em março daquele ano e estar pronta desde maio de 2013.
A construção do corredor de ônibus, porém, só começou em março de 2011. Desde então, a conclusão da obra já foi adiada três vezes. Primeiro, passou de março para novembro de 2013. Depois, para dezembro e, mais tarde, para maio de 2014. Ressalta-se que tudo isso é só uma promessa já que o contrato ainda prevê que a Transcarioca seja entregue só em setembro.
A SMO disse que vai ajustar o contrato do segundo trecho do contrato da Transcarioca para acertar o prazo de conclusão. Isso, porém, depende de um acordo com o consórcio construtor. A OAS, empresa líder do grupo de construtoras, foi procurada pelo UOL Esporte na quarta-feira para comentar a antecipação da obra. Não se pronunciou.
Segundo a SMO, a obra da Transcarioca está hoje 85% concluída. Por isso, a secretaria ratificou que o corredor estará pronto na Copa do Mundo de 2014.
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Projeto para grandes eventos
O corredor vai integrar um sistema de BRTs (Bus Rapid Transit) que está sendo implantado no Rio de Janeiro até a Olimpíada. Além da Transcarioca, em 2016, estarão funcionando na capital fluminense a Transoeste, Transbrasil e Transolímpica.
A Transoeste, aliás, já teve trechos inaugurados no ano passado e já está funcionando. Desde que o corredor foi aberto, porém, a obra apresentou alguns problemas, como buracos na pista.
Quando os buracos apareceram, a prefeitura do Rio cobrou publicamente uma das construtoras responsáveis pela obra da Transoeste, a Sanerio. À época, o presidente da empresa, Luis Carlos Matos, rebateu as críticas da administração municipal declarou a jornais que os problemas teriam sido causados porque a própria prefeitura pediu a aceleração das obras devido às eleição de 2012.
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