O aposentado Manuel Pereira da Silva, de 68 anos, foi levado para o Pronto Socorro Quietude na última segunda-feira (16), porque estava com falta de ar. Segundo a família dele, o médico que o atendeu disse que o aposentado estaria com a doença de chagas. Ele permaneceu internado e recebendo acompanhamento médico.
De acordo com a família, Silva estava apresentando melhora mas, na quarta-feira (18), ainda estava respirando com a ajuda de aparelhos. “O médico falou para a filha que não iria dar alta para ele porque ainda estava com os pés e coração inchados. Mas, quando foi hoje, deram alta para ele”, reclama Ednei Ferreira da Silva, cunhado do aposentado.
Uma ambulância levou Manuel até a casa dele. Uma das filhas acompanhou o aposentado, que ainda estava debilitado. Logo depois que ele saiu da ambulância, o veículo foi embora e ele abriu o portão de casa. Em seguida, o aposentado passou mal e caiu no chão. A filha, que estava com ele, tentou reanimar o pai, mas não conseguiu. Ela ligou para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) mas, segundo a família, a ambulância só chegou no local depois de meia hora. “Ele desceu, a ambulância retornou, minha cunhada abriu o portão, ele começou a passar mal. A ambulância sumiu de vista e ele faleceu. Ele morreu no portão de casa. Quando o Samu chegou não tinha mais o que fazer. A gente acredita que ele já estava em óbito”, afirma o cunhado, indignado com a situação.
O aposentado ainda foi encaminhado ao PS Quietude e os médicos confirmaram o falecimento. Ainda de acordo com a família, o prontuário médico foi solicitado, mas os funcionários não quiseram entregar o documento para eles, que ainda não sabem o motivo da morte do aposentado. Para eles, o médico não deveria ter dado alta já que o idoso ainda não estava bem de saúde. “Em nome da família, a gente quer esclarecer o porquê de ter liberado ele sem condições. Pelo que a gente via, ele era uma pessoa bastante forte. Ele tem cinco filhos e minha esposa era uma delas. Ela está arrasada mesmo”, lamenta Silva.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande afirma que lamenta o falecimento do munícipe Manuel Pereira da Silva. A Sesap informa que todos os procedimentos médicos de responsabilidade do Pronto Socorro Quietude foram adotados durante a permanência do paciente na unidade. A direção do Samu reforça também que a equipe não demorou 30 minutos para chegar ao local e que atendeu a emergência dentro do tempo resposta previsto nos padrões preconizados pelo Ministério da Saúde. A Sesap ressalta ainda que já está analisando o caso. Se constatado algum tipo de irregularidade, a secretaria tomará as medidas administrativas cabíveis. A nota finaliza dizendo que a pasta tem desenvolvido ações em todos os setores para evitar qualquer tipo de transtorno nos atendimentos prestados à população.
G1