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Bebê de 1 ano morre após se engasgar em creche de Mogi Guaçu

 
A polícia abriu inquérito nesta terça-feira (10) para investigar se houve negligência no atendimento e responsabilidade nos cuidados por parte da instituição. Segundo a delegada Raquel Casalli Gadiani, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o indiciamento será por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Até esta publicação, a Prefeitura não informou se a creche tem alvará para funcionar.
 
Atendimento
Segundo a família, foi o primeiro dia que o bebê passou por atendimento na creche. A mãe alimentou o menino com leite e depois o deixou na instituição por volta das 12h45. Uma educadora de 18 anos colocou o menino para dormir em um colchonete. De acordo com a delegada, quando ela percebeu que Miguel estava passando mal, ela procurou a dona da creche.
 
Uma professora fez a solicitação de atendimento ao Corpo de Bombeiros e informou que a criança estaria com sangramento. A corporação levou quatro minutos para chegar ao local.
Durante o atendimento dos bombeiros foi verificado que a menino estava asfixiado. Ele foi levado pelo resgate até o Hospital Municipal Doutor Tabajara Ramos, mas já chegou ao local desacordado. Os médicos tentaram reanimar Miguel, mas ele não resistiu.
 
O corpo do menino foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). O enterro deve ocorrer em Andradas (MG), onde moram os familiares. A creche colocou um cartaz na porta de entrada com o aviso de que ficará fechada. O G1 procurou a instituição, mas ninguém atendeu aos telefonemas.
 
Investigação
A delegada Raquel afirmou que informações preliminares do médico legista apontam que a causa da morte ocorreu por causa de asfixia mecânica provocada por alimento. “Ainda não se sabe qual alimento que o bebê engasgou”, disse. O laudo deve sair em até 30 dias.
 
A dona da escola e a educadora vão ser as primeiras a serem convocadas para prestar depoimentos. A intimação deve ocorrer até esta quarta-feira (11), de acordo com a delegada.
 
Além disso, devem prestar esclarecimentos a mãe, o padrasto, médicos e bombeiros. A polícia também pretende fazer diligências no local para verificar se a instituição tem condições para prestar os cuidados para as crianças matriculadas.
 
“É um caso que causa comoção e deixa os pais, que precisam trabalhar e deixar as crianças nas escolas, consternados. Esse é um dos motivos que vamos dar uma atenção maior para esclarecer o que ocorreu”, explicou a delegada.
 
Globo.com

Redação

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