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Segunda parte de ‘O hobbit’ traz mais ação e ‘elfa romântica’

 
O segundo capítulo da adaptação de Peter Jackson da obra de J.R.R. Tolkien, "A desolação de Smaug", retoma a jornada do grupo de anões determinado a recuperar o seu reino de Erebor, com a ajuda do hobbit Bilbo (Martin Freeman) e do mago Gandalf (Ian McKellen). Os anões têm a missão de chegar à Montanha Solitária, onde lutarão com o dragão Smaug, interpretado por Benedict Cumberbatch através da técnica de captura de movimento aperfeiçoada para o Gollum (Andy Serkis).
 
Tendo sobrevivido ao início da jornada, os aventureiros continuam a caminhada ao Leste, perseguidos pelos horrorosos orcs, liderados por Azog. No caminho, eles encontram o "troca-pele" Beorn e têm que lutar contra várias aranhas gigantes na floresta traiçoeira de Mirkwood. O grupo ainda é capturado pelos elfos, mas consegue escapar no maior estilo "rafting em barris" cruza com o game "Legend of Zelda". Finalmente eles entram na Cidade do Lago, o último passo para a Montanha Solitária.
 
O envolvimento emocional e o romantismo da história ficam por conta do núcleo formado pelo elfo Legolas (Orlando Bloom), pela elfa Tauriel, interpretada por Evangeline Lilly, a Kate Austen da série "Lost", e pelo anão Kili (Aidan Turner). Personagem inédita na trama, a passional elfa não aparece no romance original de Tolkien.
 
Grande parte das cenas cômicas é protagonizada por Bilbo. Os efeitos negativos do Anel também já começam a aparecer. Gandalf, enquanto isso, descobre que há um mal ainda maior na Terra-Média quando encontra o Necromancer de Dol Guldur – o primeiro sinal do retorno de Sauron, o vilão de "O senhor dos anéis".
 
Com 2 horas e 41 minutos de duração, a trama sofre do risco que assumiu ao optar por transformar "O hobbit" – um livro – em três filmes. Smaug somente entra em cena nos 40 minutos finais do longa. Mas as batalhas épicas, o ritmo acelerado da narrativa, a interação entre os personagens e suas diferentes histórias, o suspense e a energia da trama conseguem ser melhores que os da superprodução anterior. Peter Jackson comprova que é um especialista em blockbusters como George Lucas e Steven Spielberg.
 
"A desolação de Smaug" consegue restaurar o brilho da saga para aqueles que ficaram desapontados com o longa antecessor. Certamente, deixará o espectador animado para o capítulo final da trilogia e o fará lembrar porque "O senhor dos anéis" foi um fenômeno cultural. O último capítulo da saga, intitulado “Lá e de volta outra vez”, tem lançamento previsto para dezembro de 2014.
 
G1

Redação

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