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Polícia desmonta um dos maiores esquemas de fraudes na emissão de CNH em MT

 
Ao todo, a Justiça decretou 135 ordens judiciais, sendo 19 mandados de prisão temporária e 116 conduções coercitivas contra pessoas envolvidas em fraudes na emissão da carteira de motorista em 39 cidades dos três estados.
 
O delegado regional de Barra do Garças, Adilson Gonçalves, avaliou positivo o resultado alcançado pela operação. “Tanto em razão do cumprimento dos mandados de prisão temporária quanto em relação ao que foi produzido durante os interrogatórios, pois a maioria dos adquirentes de CNH’s, além de confirmar a participação no esquema criminoso ainda declinou a participação de proprietários de autoescolas e peritos examinadores”, afirmou.
 
De acordo com as investigações conduzidas pelo delegado de Barra do Garças, Joaquim Leitão Junior, com apoio do Delegacia Regional e a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, o esquema criminoso era fomentado por candidatos com perfil analfabeto ou semianalfabetos e idosos, geralmente de outras localidades do Estado de Goiás que pagavam valores entre R$ 600 até 5 mil para obter a carteira de motorista, sem passar por provas teórica e prática de direção, requisitos obrigatórios determinados no Código de Trânsito Brasileiro para tirar a CNH.
 
Foto: Assessoria As investigações iniciadas em setembro de 2010, descobriram que a fraude tinha facetas variadas e também contava com aprovação direta daqueles candidatos que simulavam fazer as provas. “O resultado de aprovação era certa, independentemente, do mérito e do candidato estar efetivamente apto a trafegar com veículo ou motocicleta”, explicou o delegado Joaquim Leitão Junior, que preside o inquérito policial.
 
No estado de Goiás, oito pessoas donas ou ligadas a autoescolas tiveram mandados. Uma delas Valdimar Tomaz dos Santos, também servidor da Ciretran do município de Uruana, é apontado como mentor de todo o esquema.
 
O servidor é dono de uma autoescola, que está em nome do filho menor de idade, e seria o articulador do esquema criminoso. Ele mantinha contato com pessoas dentro dos órgãos de trânsitos e autoescolas. Além de arregimentar candidatos para retirar de forma fraudulenta carteira de motorista em Mato Grosso, principalmente no polo de Barra do Garças.
 
Foto: Assessoria Além dos presos, ainda em Goiás, foram cumpridas conduções coercitivas e ordens de busca e apreensão. Em várias cidades do Estado de Goiás 60 pessoas serão conduzidas para prestar interrogatórios nas investigações. O cumprimento das ordens ainda está em andamento nos polos de Uruana, São Luis de Montes Claros, Goiânia, Jatai e Montes Claros.
 
Em Barra do Garças, base de toda a investigação, sete pessoas foram presas em cumprimento de mandados de prisão, 18 pessoas foram conduzidas para interrogatórios e quatro autoescolas e duas residências alvos de buscas que resultaram em diversas apreensões.
 
Em Cuiabá, um servidor do Detran foi preso e 12 fiscais examinadores credenciados ao órgão conduzidos a Delegacia Fazendária e interrogados no esquema de corrupção de emissão de CHN. Em Cáceres duas pessoas foram presas e 13 mandados de busca e apreensão cumpridos. Na cidade de Rondonópolis duas pessoas foram conduzidas para prestar interrogatório e duas ordens de buscas foram cumpridas.
 
O delegado Joaquim Leitão disse que irá oficializar a Corregedoria do  Departamento de Trânsito (Detran) de Mato Grosso e Goiás, para a tomada de medidas administrativas em relação aos servidores envolvidos e os candidatos que tiraram carteira de habilitação de forma fraudulenta.
 
O delegado regional de Barra do Garças, Adilson Gonçalves, avaliou positivo resultado alcançado pela operação. “Tanto em razão do cumprimento dos mandados de prisão temporária quanto em relação ao que foi produzido durante os interrogatórios, pois a maioria dos adquirentes de CNH’s, além de confirmar a participação no esquema criminoso ainda declinou a participação de proprietários de autoescolas e peritos examinadores”, afirmou.
 
Os presos vão responder por crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, alteração indevida de sistema de dados e falsidade ideológica.
 
Foto: Assessoria Efetivo empregado
 
Participam da operação 115   policiais civis de Barra do Garças (70 investigadores, 30 escrivães e mais de 15 delegados), com auxílio da Diretoria de Inteligência, das Delegacias da Polícia Civil de Cáceres, Rondonópolis, Várzea Grande, Cuiabá, Tangará da Serra, e das Polícias Civis dos Estados de Goiás e Tocantins.  
 
Na operação foram empregadas 25 viaturas policiais e um ônibus para conduzir os presos até a Delegacia de Barra do Garças.
 
Nome da operação
 
O nome da operação “Fraus” vem do latim e significa “uma mentira contada com boa intenção”. Na mitologia romana “Fraus” representava um deus personificado num teatro. O nome foi escolhido pela procura dos suspeitos em dar aparência lícita ao esquema criminosos de venda de habilitação com várias facetas e engenhosidades na sua consecução de resultado.
 
 
Assessoria 

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