Pontualmente às 7h, o prefeito Eduardo Paes (PMDB), ao lado de engenheiros, acionou a manivela do detonador. "Tudo aconteceu dentro do esperado. Hoje é um dia muito importante para a cidade do Rio de Janeiro. A Perimetral era um símbolo do abandono da região portuária, que agora a gente está revitalizando", afirmou o prefeito.
O trecho implodido, de 29 vãos e 232 vigas, pesava 5 mil toneladas. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), da prefeitura, foi utilizada uma carga de 1,2 tonelada de explosivos.
Mais de 2.500 pneus, recheados com areia, serviram de amortecedor às estruturas de concreto. A operação envolveu cerca de 500 profissionais.
A iniciativa foi a primeira no Brasil a repetir experiência internacional de demolição de viadutos a fim de recuperar áreas urbanas degradadas.
A Perimetral –que liga o Centro à Ponte Rio-Niterói e à avenida Brasil, principais acessos à cidade– será substituída por uma via expressa de pouco mais de 5 km. Combinada à Via Binário (aberta no último dia 2), a nova avenida deve aumentar a capacidade de tráfego em 27% a partir de 2016, segundo a prefeitura.
A implosão da Perimetral integra o Porto Maravilha, projeto de revitalização urbana e cultural da região portuária da cidade.
A demolição do primeiro trecho do viaduto estava marcada para o último dia 17, mas foi adiada em uma semana "porque o prazo para preparar tudo ficou muito apertado", segundo o prefeito Eduardo Paes.
Em 3 de novembro, a prefeitura começou a desmontar o elevado, retirando massas de asfalto e dois trechos de 40m. A implosão de mais uma faixa da Perimetral será executada até junho de 2014, segundo a Cdurp.
Folha de S. Paulo
