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Governo brasileiro testa balões para expandir acesso à internet

 
Segundo comunicado, o primeiro teste foi positivo, com o ministro Paulo Bernardo estabelecendo conexão de vídeo da unidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Cachoeira Paulista (SP), com dois usuários – um na sede da igreja Canção Nova, a 8 km de distância, e outro próximo à rodovia, em uma distância aproximada de 30 km.
 
Trata-se do projeto Conectar, desenvolvido pela Telebras, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e Ministério das Comunicações. A ideia é agregar tecnologia espacial de fronteira a um sistema de telecomunicação embarcado em um balão troposférico, permitindo a oferta de banda larga a localidades carentes de infraestrutura de redes do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM).
 
O balão foi içado a 240 metros de altitude e está sendo usado para a realização de ensaios com a finalidade de avaliar a qualidade da cobertura de sinais WiFi. Seu raio de cobertura (radiohorizonte) é de aproximadamente 70 km.
 
Para o ministro Bernardo, esse sistema será fundamental para levar internet banda larga de alta qualidade a comunidades distantes e de difícil acesso para a chegada de rede terrestre de fibra óptica. “Será fundamental para cidades isoladas da região Amazônica, que ainda não são atendidas pelas operadoras”, ressaltou.
 
O presidente da Telebrás, Caio Bonilha, considerou o teste um passo importante para o desenvolvimento de unidades industriais com maior capacidade de cobertura e maior potência de banda larga. “Vamos aperfeiçoar o sistema, desenvolvendo equipamentos mais potentes para chegar com melhor qualidade de banda aos usuários. Como primeiro teste, está excelente e superou as expectativas”, disse, ressaltando a importância das parcerias com empresas nacionais, que forneceram equipamentos para o teste com o balão troposférico.
 
O ministro Marco Antonio Raupp também considerou um avanço o teste desta quinta-feira e disse que os engenheiros do INPE, da Telebrás e do CPqD irão agora avaliar o que precisa ser melhorado e definir as configurações necessárias dos equipamentos para se habilitar financiamentos junto a instituições como a FINEP – Financiadora de Estudos e Pesquisas. “Essa parceria com instituições de ponta é fundamental para o desenvolvimento de tecnologias avançadas e que resultem em benefício de comunidades mais isoladas”, destacou.
 
O projeto Conectar será desenvolvido em duas fases. A primeira foi o teste em Cachoeira Paulista, com o balão transportando transreceptores. A próxima etapa será o desenvolvimento de protótipos industriais e levados a todas as regiões carentes do País, incluindo a cobertura da região Amazônica.
 
Olhar Digital

Redação

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