A sindicalista argumenta que, “ao contrário do que diz o governador, eles não estão abertos à negociação e ainda têm uma visão muito limitada daquilo que é o movimento sindical”, alega. Segundo a presidente, o Estado não admite que a categoria lute por uma mudança no perfil da entidade, que arrecada mais de R$ 1 milhão por dia e, ainda assim, está completamente sucateada. “O sindicato não luta apenas por questões salariais, estamos em busca de uma reforma administrativa do Detran, de forma que ele seja moralizado e eficaz”, defendeu Veneranda.
A presidente admite que o Detran enfrenta muitos problemas e ainda tem uma estrutura repleta de irregularidades. O impasse, segundo ela, está no fato de o governo não aceitar que os servidores busquem uma mudança na instituição. “Queremos superar essas dificuldades e coibir os erros que existem no órgão, mas o Estado acha que estamos sendo ‘intrusos’ e que isso não nos diz respeito. Como não, se somos servidores do órgão, se estamos dia a dia atendendo à população que está visivelmente irritada com essas deficiências?”, questiona a sindicalista.
Reivindicações
Os grevistas reivindicam que a operacionalização do sistema DetranNet seja feita pelos próprios servidores e não pelo Cepromat, como acontece hoje; a redução dos cargos comissionados e a destinação de 50% para serem exercidos por servidores efetivos, o que gerará uma economia de aproximadamente R$ 3 milhões ao ano. Além disso, os profissionais pedem investimentos nas Sinetrans do interior do Estado, que em muitos casos sequer apresentam condições mínimas de funcionamento.