Os investimentos podem chegar a até US$ 1 milhão caso as ideias sejam bem-sucedidas no que se propõem. Os projetos supracitados são de autoria do farmacêutico Floriano Paes Silva Júnior, o engenheiro agrônomo Mateus Marrafon e o engenheiro mecânico Ricardo Capúcio de Resende, listados entre os 80 selecionados em um universo de 2.700 pesquisadores inscritos.
O aporte será oficialmente anunciado nesta segunda-feira, 28, no Rio de Janeiro, em evento promovido pela fundação filantrópica do criador da Microsoft, que, inclusive, completa 58 anos nesta segunda. É a primeira vez que o encontro acontece no Brasil. Até quarta-feira, 30, deverá reunir mais de 600 pesquisadores que já conseguiram apoio financeiro da organização de Bill Gates.
Além das doações, a Fundação Bill e Melinda Gates também se aliou ao governo brasileiro. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deverá oficializar um acordo entre a Fiocruz e a fundação para a produção de uma vacina dupla contra sarampo e rubéola. A vacina ainda poderá ser exportada a países africanos.
O projeto do farmacêutico Silva propõe o desenvolvimento de um software para interpretar imagens de parasitas feitas a partir de um microscópio e então avaliar quais são os medicamentos adequados a eliminá-los.
Até o momento a avaliação é feita por observações e interpretações de algum pesquisador, que nem sempre chegam às melhores conclusões. A análise automatizada pode ajudar a dizer qual é a dose necessária para aniquilar o parasita.
Já a ideia do engenheiro Marrafon, do Instituto Kairós, trabalha com uma fita biodegradável que envolve as sementes de uma plantação e faz com que elas sejam distribuídas no espaçamento ideal para seu crescimento. Isso já pode ser feito com máquinas agrícolas, que são muito mais caras.
E Resende, engenheiro mecânico de Viçosa, criou uma ferramenta que também ajuda no plantio. Sua máquina é quase um carrinho de mão de duas rodas, que cria buracos no solo para simultaneamente lançar as sementes.
Olhar Digital