Internacional

Dados do Le Monde são “imprecisos”, diz chefe dos Serviços de Informações dos EUA

 
O Le Monde noticiou, na segunda-feira (21), com base em documentos da NSA revelados pelo ex-funcionário de uma empresa que prestava serviço para o governo dos Estados Unidos Edward Snowden, a existência de atividades de espionagem na França, em um período de 30 dias, entre o final de 2012 e o início de 2013.
 
“Não nos vamos debruçar sobre os pormenores das nossas atividades, mas já dissemos claramente que os Estados Unidos recolhem elementos de informação do mesmo tipo que os recolhidos por todos os países”, informou James Clapper, que supervisiona 16 agências de inteligência, incluindo a NSA.
 
A coleta de informações de Washington visa, segundo o diretor nacional dos Serviços de Informações, a proteger a nação, os interesses e os aliados norte-americanos de ameaças terroristas ou da proliferação de armas de destruição em massa.
 
Ontem (22), o Le Monde publicou novos detalhes das atividades de espionagem, indicando que os Estados Unidos não só interceptaram milhões de comunicações de cidadãos franceses, mas também espionaram as representações diplomáticas da França em Washington e em Nova York.
 
O presidente francês, François Hollande, manifestou, na segunda-feira, em um telefonema com o presidente norte-americano, Barack Obama, “profunda reprovação” e disse que as práticas do país são inaceitáveis. O embaixador dos Estados Unidos em Paris, Charles Rivkin, chegou a ser convocado para prestar explicações ao governo francês.
 
De acordo com a Casa Branca, Obama disse ao chefe de Estado francês que algumas das revelações sobre as controversas atividades de espionagem dos Estados Unidos foram deturpadas. A porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, Caitlin Hayden, chegou a explicar que todas as nações conduzem operações de espionagem.
 
O descontentamento da França perante as alegações foi reiterado em seguida pelo chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, em um encontro ontem com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em Paris, durante o qual foi renovada a exigência de explicações sobre as práticas de espionagem.
 
Agência Brasil

Redação

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