Segundo o gerente da unidade, Janio Tadeu, existe um atraso nos pagamentos e em consequência disso, a farmácia mantém o fornecimento dos medicamentos apenas em cima de pedidos de urgências. Tadeu preferiu, no entanto, não informar os valores e o tempo em atraso dos pagamentos.
Investigação sigilosa – Na última quarta (16), o promotor Clóvis de Almeida Júnior, da 36ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, decretou sigilo na investigação que apura contratação de R$ 5,2 milhões, por meio de dispensa de licitação, para o Lar da Criança. Segundo a Setas, a dispensa de licitação celebrada com a empresa de pequeno porte (EPP) Elza Ferreira dos Santos – Seligel, é para contratação de 150 funcionários, para um período de seis meses.
O caso revelado com exclusividade pelo Circuito Mato Grosso, fez com que o Ministério Público Estadual (MPE) abrisse três frentes de investigação para averiguar a contratação feita pela Secretaria de Estado de Administração (SAD). O caso está sendo apurado na Promotoria da Infância e Adolescência, Patrimônio e Promotoria Criminal Especializada na Defesa da Administração Pública e Ordem Tributária.
O Lar da Criança ainda é alvo de denúncias de superlotação, maus-tratos e falta de funcionários. Um dossiê elaborado por oito entidades de classe e que representam profissionais lotados em unidades públicas de saúde da Capital aponta entre as irregularidades, a ausência de médico técnico-responsável, a medicação psicofarmacológica sem registro ou controle e ausência de farmacêutico responsável, além da falta de médico plantonista noturno e em finais de semana.
Outro Lado – A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Setas para esclarecer os fatos. A assessora se comprometeu a verificar as informações, mas até a edição desta matéria ela não havia retornada as ligações.