Ana Paula foi presa em setembro com outros 27 ativistas do Greenpeace e dois jornalistas independentes. Eles foram acusados formalmente de pirataria depois de tentarem realizar uma ação de protesto numa plataforma de petróleo na região do Ártico, a partir de um barco do Greenpeace. A pena para este tipo de crime pode chegar a 15 anos de prisão.
“Determinei que a Embaixada em Moscou desse uma carta de garantia, para que ela pudesse responder o processo em liberdade. Essa questão vai ser examinada proximamente pela Corte russa, pelo dia 17”, disse.
Figueiredo telefonou para a Chancelaria russa no dia em que a presidente Dilma Rousseff publicou mensagem em uma rede social informando que determinou um “contato de alto nível” a fim de se encontrar uma solução para o caso de Ana Paula.
Ele disse ter transmitido “o empenho da presidente” em encontrar “uma solução imediata que leve à soltura da brasileira”.
“A presidente Dilma Rousseff determinou que eu fizesse gestões de mais alto nível junto ao governo russo para uma pronta solução da questão. Eu fiz isso. Eu telefonei para a chancelaria na Rússia e expliquei a situação, expliquei do que se tratava, expliquei do empenho da presidente por ter uma solução e lhe pedi que transmitisse ao presidente Putin”, declarou.
Segundo a assessoria do Itamaraty, Putin foi informado e já estaria ciente das preocupações da presidente.
Índia
As declarações de Figueiredo foram dadas após encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, Salman Khurshid, e delegações dos dois países. Foi assinado um acordo para evitar a dupla tributação de produtos importados e exportados entre as duas nações.
A espionagem norte-americana também foi um dos assuntos tratados durantes as conversas entre os dois chanceleres. “Essa é uma área de grande preocupação para todas as democracias. Há vários esforços no sentido de se implantar uma plataforma para fortalecer a segurança global. Mas isso deve evitar qualquer tipo de restrição, pois o sistema democrático é muito valioso”, afirmou o ministro indiano.
De acordo com Khurshid, a Índia está tratando a questão da proteção na internet internamente e quer ajudar o Brasil, principalmente dentro da Organização das Nações Unidas, a defender um marco regulatório para “proteger a liberdade de expressão e, ao mesmo tempo, a soberania dos países e a segurança do ciberespaço”.
G1 Mundo