Cidades

Manifestantes presos durante protesto em Cuiabá acusam PMs de violência

A manifestação foi realizada por conta da greve dos profissionais da rede estadual de educação, que estão com as atividades paralisadas há mais de dois meses.
 
Porém, a manifestação acabou com tiros para o alto e um ônibus depredado. De acordo com o estudante Lucas dos Santos Leite, que integra o Movimento Estudantil, o protesto ocorria de forma pacífica, no Centro da capital. “Nós estávamos nos sinaleiros, abrindo e fechando, liberando os veículos. Um policial veio até nós e começou a questionar essa ação e nós dissemos a ele que iríamos continuar fazendo a liberação nos semáforos e encerraríamos o protesto”, disse.
 
Em seguida, segundo o estudante, os manifestantes foram para a Praça Alencastro, quando o mesmo policial acompanhado por outros policiais anunciou que teria que levá-lo para a delegacia por conta de ato de vandalismo. “Enquanto discutíamos com o policial, outro [policial] já sacou a arma e disparou para cima”, declarou.
Um ônibus foi apedrejado, segundo a Polícia Militar, durante o protesto. Além do estudante, dois professores foram presos. Com a prisão, todos os manifestantes foram para a frente do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Planalto, para onde os três presos foram encaminhados, e protestaram contra a ação.
 
Por outro lado, o tenente da Polícia Militar, que quis se identificar apenas como Brito, alegou que a ocorrência tomou uma proporção maior, quando um dos manifestantes começou a depredar o coletivo e afirmou que o disparo foi necessário para conter a situação.
“Quando demos voz de prisão, eles se rebelaram. Eu tive que atirar para o alto porque um dos suspeitos me derrubou no chão e outro tentou segurar a minha perna para pegar a minha arma. Foi quando eu dei um ou dois disparos na tentativa de eles se afastarem”, ressaltou. A Polícia Civil informou que os três presos foram autuados em flagrante por dano ao patrimônio e após pagamento de fiança foram liberados, na noite desta sexta-feira. Eles vão responder também Termo Circunstanciado  de Ocorrência (TCO) por resistência.
 
A equipe de reportagem do G1 tentou falar com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), mas as ligações não foram atendidas.
 
Paralisação
 
Em assembleia geral realizada na tarde de quinta-feira (10), na Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá, os profissionais decidiram, por unanimidade, manter a paralisação das atividades.
Os dois principais pontos de divergência entre o que os grevistas querem e o que o Governo propõe são o início do reajuste, de forma parcelada, de 100% do salário dos trabalhadores e o pagamento da hora-atividade dos professores contratados. Sobre o primeiro item, a categoria quer que o aumento seja colocado em prática ainda em 2013; o governo propôs começar no próximo ano. Em relação à segunda reivindicação, os profissionais querem que a hora-atividade seja paga de uma só vez; o estado quer seja parcelado em três anos.
 
Fonte: G1

Redação

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