— Acho que essa união de anões poderá nos trazer uma coisa nova — salientou a ex-senadora.
Campos e Marina almoçaram nos Jardins, em São Paulo, e, no encontro, decidiram que no dia 29 será realizada uma reunião entre integrantes da Rede e do PSB para iniciar os debates sobre o conteúdo programático da aliança. O documento servirá de base para o programa de governo para a eleição presidencial do próximo ano.
O governador pernambucano afirmou que o nome do cabeça da chapa ainda não está definido, e só será discutido em 2014.
— É preciso começar a aliança não pelos nomes, é preciso começar pelo conteúdo — disse Campos.
Para o presidente do PSB, se o acordo com a Rede nascesse com o nome do cabeça de chapa já definido estaria se repetindo “os mesmos erros” da política tradicional. Ele descartou uma disputa com a ex-senadora, que aparece à frente nas pesquisas de intenção de voto, pelo posto.
— Se alguém imagina que vai ter problema entre Marina e eu para que a gente possa organizar isso está redondamente enganado.
Marina disse que endossava as palavras de Eduardo e que a união entre Rede e PSB quer inverter a lógica da política brasileira.
— O que acontece tradicionalmente: faz-se uma aliança eleitoral, ganha-se o governo e depois inventa-se o programa.
A ex-senadora fez ainda uma referência indireta à decisão do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos principais nomes da bancada ruralista, de romper as negociações para apoiar Campos nas eleições do próximo ano e disse que estará com o senador Aécio Neves (PSDB), em 2014.
— Obviamente que aqueles que não compreenderam que não dá mais para continuar nesse ciclo vicioso (da política tradicional), até já (estão) procurando outros lugares para poder ficar na mesma frequência.
O Globo