Cidades

Investimento de R$ 1,5 bi em rodovias está ‘sob suspeita’

 
Desde o princípio, o programa já gerava desconfianças e foi, inclusive, alvo de uma polêmica, quando o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) constatou sobrepreço de quase R$ 50 milhões no pacote de licitações. Após um termo de Ajustamento de Gestão (TAG), celebrado entre a Secretaria de Estado de Pavimentação e Transporte Urbano (Setpu) e o TCE, foi dada continuidade no projeto.
 
Atualmente, estão em andamento 27 das 64 obras previstas no MT Integrado. O problema, no entanto, é que boa parcela das obras gera questionamentos quanto à qualidade dos serviços prestados. Um dos exemplos está no canteiro de obras da MT-320, no trecho entre as cidades de Colíder e Nova Canaã do Norte (656 e 708 km de Cuiabá, respectivamente) e que está orçada em R$ 30 milhões. Vereadores do município de Colíder alegam que já existem inúmeros buracos em trechos recém-pavimentados. 
 
Vereadores de Araputanga (354 km da Capital) também mostram descontentamento em relação ao pacote de obras. As alegações são de que a construção do asfalto da MT-175, entre Araputanga e Reserva do Cabaçal e que está custando R$ 20 milhões aos cofres públicos, apresenta buracos na pista, rachaduras e desnivelamento.
 
Diante de supostas irregularidades, foi lançada a ideia de se criar uma Frente Parlamentar para o acompanhamento e fiscalização das referidas obras. A proposta é do deputado estadual Pedro Satélite (PSD), sob a justificativa de que é necessário fiscalizar as obras enquanto estão sendo realizadas, a fim de se evitar um possível desperdício de dinheiro público no futuro. 
 
O social-democrata pontua que a ideia da Frente Parlamentar é de que, auxiliados por uma equipe técnica, os deputados possam observar os cronogramas e a qualidade de execução das obras, além dos valores das contratações.
 
 “Estamos propondo a criação desta Frente Parlamentar e vou solicitar à mesa diretora da Assembleia Legislativa (AL-MT) a contratação de um engenheiro civil para a fiscalização das obras. É muito difícil ver alguém devolver dinheiro público. Por isso, temos que acompanhar todo o andamento das obras”, justificou Satélite.
 

Redação

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