“É muito difícil julgar os desenhos em que está representado um mundo extraordinário, ali eles mostram como veem a Copa do Mundo”, afirma Bonilha.
Em maio deste ano, as escolas iniciaram a mobilização dos alunos para participar do projeto, incluindo atividades como palestras, pesquisas e eventos abertos à comunidade.
A Escola Municipal de Educação Básica Rita Auxiliadora C. de Cunha, em Várzea Grande, organizou uma festa para o encerramento das atividades que foram desenvolvidas pelo projeto. “Buscamos conscientizar os alunos sobre a importância de Mato Grosso estar envolvido na Copa, tanto que até providenciamos visitas a algumas obras, como a Arena Pantanal”, explicou a diretora Izabel Vitalino.
Segundo a superintendente da Secretaria de Educação de Várzea Grande, Eunice Silva, participar do Pintando a Copa é importante para estimular o processo de aprendizagem. “É um trabalho diferenciado com a criatividade das crianças e também conta com a participação da comunidade”, disse.
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Uma das novidades da 2ª edição do Pintando a Copa é a participação dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Uma das escolas participantes é o Centro Educacional Professor Oscar da Costa Ribeiro, em Várzea Grande.
“A oportunidade é uma medida que estimula a manutenção dos alunos no espaço escolar. Eles têm facilidade em abandonar a escola e o projeto serve para trazê-los para as aulas”, explicou a diretora Odete Araújo.
“É também uma oportunidade de mostrarmos nosso talento. Eu, por exemplo, gosto muito de desenhar e acho que a participação no concurso contribui na nossa valorização enquanto alunos”, salienta Eva Vilma da Silva, 30 anos.
Advânia Maria de Santana, 44, gostou de participar do Pintando a Copa, pois aprendeu muito sobre a cultura mato-grossense. “Vim de Mato Grosso do Sul e não conhecia nada aqui. Por causa das atividades do projeto, pude conhecer os elementos daqui”, exemplificou.
Alunos deficientes
Outra novidade neste ano é a participação de alunos com deficiência, que produziram desenhos mesmo enfrentando algumas limitações. Na Escola Municipal de Educação Básica Nossa Senhora Aparecida, em Cuiabá, os professores trabalharam o tema Copa do Mundo dentro das salas de aula. Em horário alternado, os estudantes com algum tipo de deficiência se dirigiam para a sala multifuncional, onde elaboraram os desenhos.
“Os professores trabalharam o conteúdo no ensino regular e aqui aprofundamos e relembramos algumas coisas. Por exemplo: se alguém está com dúvidas sobre como é uma onça, mostramos para que possa reproduzir”, explica a professora Antoenise Maria Ramirez.
A escola tem 21 alunos com as mais diferenciadas deficiências, mas nem todos conseguiram participar do concurso. Ezequiel Euzébio, 10 anos, com deficiência intelectual, produziu um desenho com uma casa, a Copa e o Brasil. “Já fiz, agora vou pintá-la”, comemora.
Bem entusiasmados com o concurso, compreenderam que as mudanças na cidade fazem parte do evento do ano que vem. Isabelle Vitória da Silva, 11, também deficiente intelectual, vê o que está acontecendo em Cuiabá e explica: “as vias, as ruas estão mudando, agora tem até viaduto!”.
Premiação
A cerimônia de premiação deverá ocorrer no começo do mês de novembro. Os vencedores receberão notebooks, tablets, vídeo-games, smartphones ou máquinas fotográficas digitais. As escolas também concorrerão na categoria vídeo documentário, modalidade que consiste no registro de atividades de integração da comunidade escolar com os preparativos da Copa do Mundo. Os dez melhores vídeos receberão computadores portáteis, datashow, máquinas fotográficas e filmadoras digitais.
Da Assessoria