Cidades

430 mil alunos ‘ao léu’ no estado

 
Cerca de 90% dos 38 mil trabalhadores da educação que aderiram ao movimento grevista alegam “intransigência” do governo em atender às reivindicações apresentadas. Diante do impasse, em todo o Estado existem aproximadamente 730 escolas com as atividades paralisadas. Além de prejudicar o ano letivo dos alunos, o movimento grevista também faz com que as crianças fiquem com muito tempo ocioso e, consequentemente, mais suscetíveis aos ‘perigos da rua’. 
 
“A gente entende que os professores precisam da greve para conseguir melhorias. O problema é que uma paralisação como esta acaba atrapalhando todo um planejamento familiar. As férias das crianças, por exemplo, ficam prejudicadas. É algo que compromete o ano letivo de nossos filhos”, alegou Nalva Justino, 33, mãe de uma estudante de 11 anos, que cursa o 6º ano do ensino fundamental. 
 
A preocupação de dona Nalva não é infundada já que, conforme advertiu o próprio Sindicato dos Profissionais da Educação (Sintep-MT), o calendário escolar, que deveria se encerrar em dezembro, já é certo que irá se estender pelo menos até janeiro de 2014.
 
Por conta da queda de braço travada entre o governo e grevistas, também sobram críticas ao secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes e ao governador Silval Barbosa. “Governador e secretário precisam ‘se mexer’ e entrar em um acordo com os professores, porque do jeito que está não dá para continuar”, argumentou a agente de saúde Renata Cristiane Vieira. 
 
“O governador só quer saber de deixar o problema para o próximo governante. Ele não está sendo nenhum pouco justo, bom seria se ele resolvesse o problema ao invés de ficar fazendo propostas com falsas verdades”, completou Nalva Justino. 
 
Os profissionais da educação pedem um reajuste salarial de 10,4%, a inclusão da hora-atividade para os professores contratados, a posse dos aprovados no último concurso público e a destinação de 35% dos recursos da arrecadação do Estado à educação, conforme prevê a Constituição Estadual. 
 
Na última semana, em assembleia da categoria, os profissionais rejeitaram a proposta do governo, que se propôs a conceder reajuste parcelado, sendo que o valor pleiteado pela categoria seria alcançado somente em 2023. 
 
Diante da proposta apresentada pelo governo e que foi classificada como “vergonhosa” pela categoria, os profissionais prometem intensificar o calendário de mobilizações e endurecer as críticas à gestão estadual. Nesta quinta (26), um ato público dos grevistas está marcado no Centro Político Administrativo. (Colaborou Valquiria Castil)
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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