“Eu tenho a justa expectativa de que nós vamos concluir, ainda que parcialmente, esse julgamento. Em breve vamos ter os resultados. Acredito que já se percebe esse resultado na sociedade, não só com relação ao Mensalão, mas com relação a vários outros casos que têm sido julgados no âmbito do Supremo”.
Para o ministro, o julgamento do “Mensalão” teve grande repercussão no país, fazendo com que o olhar da sociedade se voltasse para o STF em razão dos personagens envolvidos e pelo rombo que causou aos cofres públicos. “O Judiciário, porém, já vem se posicionando, há algum tempo, em vários temas relacionados à corrupção e a improbidade administrativa, cortando inclusive na própria carne com relação à atuação de alguns magistrados”, destacou Gilmar Mendes, completando, “Eu tenho a impressão que o legado é o combate claro a impunidade”.
Mendes acredita que o julgamento do “Mensalão” se encerre nesta quarta-feira (18 de setembro) quando os embargos infringentes serão ou não acolhidos pelo Supremo. Os embargos são na verdade a última esperança de defesa de 12 réus envolvidos na ação penal. A decisão está nas mãos do ministro Celso de Mello.
“Vamos aguardar, temos pendências, pode ser que tenha algum recurso, mas estamos muito próximos do fim”, destacou o ministro que no seu voto rejeitou os embargos infringentes.
Na oportunidade o ministro falou também sobre a transparência no Judiciário. Para ele, nesse quesito houve avanços significativos. “A própria TV Justiça é um exemplo de que avançamos, os julgamentos do STF também, os dados que estão hoje na internet, as metas, os números de produtividade, a prestação de contas, tudo isso são exemplos de transparência. É preciso continuar nesse trabalho para que de fato possamos ser um bom exemplo no contexto dos poderes”.
O ministro destacou ainda que considera muito importante o diálogo entre os poderes e ressaltou que tem um vínculo forte com o Poder Judiciário de Mato Grosso. “Sou daqui, meu vínculo não poderia ser diferente”.
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