Mas, enquanto procurava corpos nos escombros, um grupo de resgate encontrou um bebê. Com apenas 6 meses de idade, ele era o único que havia sobrevivido ao míssil lançado contra o prédio.
A história foi relatada pelo fotógrafo brasileiro Gabriel Chaim, que está em Aleppo acompanhando a guerra. Ele está alojado em uma ONG situada na parte da cidade controlada pelos opositores de Bashar al-Assad.
A procura por um lar
Cheia de feridas, hematomas e com manchas azuladas na pele que os moradores descrevem como decorrentes de fragmentos de bomba, a pequena Mais, como foi batizada, ficou 15 dias na UTI.
Quando saiu do hospital, os moradores começaram a procurar uma família que aceitasse cuidar dela. Ninguém sabia quem eram os pais, que provavelmente morreram no bombardeio.
Passando dificuldades desde que a escassez de empregos e a inflação dos preços de produtos se instalaram na cidade junto com a guerra, muitos casais não aceitaram ficar com a órfã.
Até que eles chegaram a Omar, de 38 anos, e a sua mulher Mariam, de 26 anos. Eles não quiseram revelar o sobrenome, e o pai não aceitou ser fotografado – mas a nova mãe posou para as imagens com a filha. Apesar de viverem em uma situação precária, os dois não podem ter filhos, e por isso aceitaram cuidar de Mais.
G1