"O estado de Mandela continua sendo crítico e, às vezes, é instável. No entanto, sua equipe médica está convencida de que receberá o mesmo nível de terapia intensiva em sua casa de Houghton (em Johanesburgo)", indicou o texto.
Segundo a Presidência sul-africana, a casa de Mandela "foi modificada para que ele possa receber ali mesmo a terapia intensiva" e "o pessoal que vai tratar dele em sua casa é o mesmo do hospital".
No entanto, o a Presidência do país africano assegurou que "se for necessária outra hospitalização no futuro, ela vai acontecer".
O documento disse que Mandela "recebeu e continua recebendo total atendimento médico" e que "apesar das dificuldades, sempre mostra uma imensa força e graça".
O prêmio Nobel da Paz de 1993 e ícone da luta contra o regime racista do apartheid "foi atendido por uma equipe de saúde proveniente das esferas militar, acadêmica, privada e de outros âmbitos públicos", acrescentou o comunicado.
Além disso, a Presidência da África do Sul fez um pedido para que "todos permitam que o ex-presidente e sua família tenham o espaço privado necessário para que seus cuidados possam continuar com dignidade e sem intromissões desnecessárias".
"Gostaríamos de desejar o melhor a Mandela enquanto ele continua se recuperando em sua casa de Johanesburgo", disse a nota.
Ontem, vários meios da imprensa internacional divulgaram informações sobre a saída de Mandela do hospital, o que foi negado pela Presidência da África do Sul em uma nota de imprensa.
Mandela, de 95 anos, foi hospitalizado em 8 de junho, e seu estado piorou no dia 23 desse mesmo mês.
Essa foi a quarta internação do ex-presidente desde dezembro do ano passado.
Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul, após vencer as primeiras eleições democráticas do país, realizadas em abril de 1994.
Fonte: Folha de São Paulo