Opinião

João Manteufel: Cultura Matrioska

Tudo bem, acho Jonas o mais foda de todos, afinal sua arte se identifica com a minha personalidade, afinal ele é meu tio. Mas Clovito transcende. Irigaray transborda e imprime criatividade em todos os sentidos: seu jeito, sua arte, sua entrevista são peculiares. Um artista com uma energia tão simples e mágica que me fez perder-me nas suas respostas. Claro que não sou nenhum Jô Soares, mas já entrevistei Fernando Meirelles, Sir Ben Kinsley, Fabrício Boliveira, entre outros. E nenhum me contagiou tanto com sua energia.

Impressionante como uma figura com o rosto tatuado de preto, vestindo roupa preta e coturno, pode ser um ser humano tão humano, tão bonito, ser um ser com tanta fé. Irigaray cita Deus e sua magia da transformação a todo mundo, quebrando um clichê eterno, onde apenas o tradicional representa nosso Mestre, queimando o restante em meio a uma enorme fogueira das vaidades.

Clovito tem muito a ensinar.

Aliás, nossos artistas têm muito a ensinar. É impressionante como quanto mais se conhece a cultura de Mato Grosso, mais me sinto um menino ganhando mais um pirulito. Tive oportunidade de poder ajudar e participar do Setembro Freire, e pude ver Dona Leila, mulher de Silva Freire, tão humilde que parece uma mortal. Vi que Lúcia Palma é de carne osso, e que o os poemas de Silva Freire, ilustrados pelo foderástico Vladimir, são mais vivos e atuais que nunca. Artista este que doou seus painéis para a exposição de Silva Freire na Praça da Mandioca nesse próximo dia 20. Nove telas gigantes expostas na Copa das Confederações.
Possivelmente elas não viram. Só de frete, foi cobrado 23 mil reais. Infelizmente, um Rio do tamanho do Cuiabá, se tratando de cultura.

Redação

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