Esportes

Apesar das dificuldades,Taekwondo conquista títulos em MT

Carlos Flávio Souza Gama é um deles. Campeão dos principais torneios járealizados no país (Brasil Open, Copa do Brasil, entre outros), o jovem de 19 anos já integrou a seleção brasileira de taekwondo, tendo disputado torneios nos Estados Unidos e no Egito. Com poucos recursos, entretanto, não pode se dedicar de maneira adequada ao esporte, que exige infraestrutura básica para atingir os resultados.

“O apoio da minha família sempre foi importante, eles sempre me apoiaram. Mas não participo de muitos campeonatos porque meu pai, mototaxista, não tem condições de me bancar até os locais, pagar estadia, alimentação etc. Não lutando, deixo de ter experiência. Também não posso recorrer sempre a sessões de fisioterapia, não permitindo que eu realize treinosde alto impacto, ideais para competição”, diz ele.

Carlos treina na Academia Viliagra, do mestre ErozéViliagra, no bairro do CPA. Sob sua tutela, alguns outros praticantes também já tiveram destaque, caso de LirioVezaro, que também disputou o torneio em Las Vegas, e da estudante de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Juliana Alves de Almeida Silva, primeira campeã juvenil mato-grossense, homenageada, em 2011, pela Assembleia Legislativa do Estado, como uma das mulheres com maior destaque na sociedade.

Porém, manter-se em alto nível não é fácil. ErozéViliagra, que é 6º Dan de Faixa Preta, já dedicou 28 anos de sua vida ao estilo, tendo em vista que assim que um atleta chega à faixa preta, ele obtém apenas o primeiro de dez Dan’s. Muita coisa mudou segundo ele, como os métodos de dar aula, as regras de competição, material para treino e a própria proteção para os combates. O investimento, que inicialmente sai do bolso dos atletas, no entanto, continua o mesmo.

“Os praticantes tiram dinheiro do próprio bolso para poder viajar para as competições, fazer suplementação alimentar, intercâmbio em outros Estados e se manter fisicamente aptos ao alto rendimento. Esses atletas precisam de apoio. Minha luta é para que os governos, além da Federação Brasileira de Taekwondo, revisem a política de investimentos, sobretudo nas categorias de base, nos atletas de 15 a 21 anos”, analisa.

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Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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