Na Capital, mais de 11 mil pessoas fazem parte dessa faixa social, que vivem com até R$ 70 per capita mensais, de acordo com o Censo do IBGE, de 2010.
Atualmente, 8.291 pessoas nesta situação já estão inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais, o CadÚnico, na Capital. A Prefeitura Municipal estima que haja, ainda, cerca de três mil pessoas na mesma situação que não se cadastraram. O programa envolve ainda o Bolsa Família e o Pronatec.
O lançamento do programa contou co a presença da ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campelo. Ela alega que a Capital tem potencial para retirar todas as pessoas que estão abaixo da linha de pobreza da situação em que vivem.
“Com renda, oportunidades e com serviços públicos. É assim que estamos trabalhando através do Cuiabá Sem Miséria. Temos condições em Cuiabá de fazer um bom trabalho, pois estão todos no mesmo caminho”, disse ela.
“O Cuiabá Sem Miséria é um programa articulado com os governos federal e estadual que vai implementar políticas já existentes para criar oportunidades para erradicar a pobreza. O município está oferecendo a logística, mobilização e mão de obra”, explicou o prefeito.
Beneficiados
A garçonete Enerize Auxiliadora Correa, moradora do Jardim Florianópolis, está desempregada e conta apenas com a pensão que recebe do pai do único filho, de R$ 32. Ela acredita que o Cuiabá Sem Miséria e a inclusão no programa Bolsa Família, podem melhorar a qualidade de vida da família.
“Neste momento, que meu filho mais precisa de mim, eu não tenho como ajudar. Mas com essa oportunidade, tenho certeza de que nossa vida pode melhorar”, disse ela.
A oportunidade a que Enerize se refere é um dos eixos do Cuiabá Sem Miséria, que propõe a inclusão produtiva, garantindo o acesso ao trabalho e a cursos de profissionalização e qualificação, como o Pronatec. “Vou procurar o CRAS da minha região para saber que curso eu posso fazer. Quero ter um futuro melhor”, comentou.
Também desempregada, a doméstica Fátima Cristina dos Santos, se inscreveu no CadÚnico e ainda espera ser beneficiada com os programas sociais e habitacionais, mas demonstrou empolgação ao saber da possibilidade de se profissionalizar, através de cursos de qualificação.
“Moro no CPA II e recebo apenas a pensão do pai da minha filha. Vou buscar essa oportunidade para que além de ter uma profissão, possa dar uma vida melhor para ela e garantir um emprego com tudo certinho”, declarou Fátima.
Além disso, os inscritos no CadÚnico serão beneficiados com a parceria, junto aos setores produtivos, dos Sines estadual e municipal, possibilitando a absorção da mão-de-obra ao mercado de trabalho.(Informações assessoria)
