Carlos vai a júri popular, no Fórum da Capital, sob a acusação de crime de homicídio triplamente qualificado. A acusação promete pedir pena máxima – 50 anos – ao réu. Contudo, pelo fato dele ser réu primário a pena poderá ser reduzida para 20 anos.
No julgamento, serão apresentadas imagens que mostram o assassino chegando à casa das vítimas com uma faca na mão, objeto que o acusado utilizou para assassinar Admárcia, que em seguida teve o corpo carbonizado.
A filmagem, segundo a acusação, também mostra o réu saindo da casa e depois retornando com um galão de gasolina utilizado para por fogo no corpo da vítima.
Caso
O garotinho Ryan e a avó Admárcia foram assassinados na madrugada de 11 de novembro de 2012. O principal suspeito é Carlos Henrique Carvalho, que era ex-namorado da mãe de Ryan, Thássya Alves. O crime teria sido cometido pelo fato de o acusado não aceitar o fim do relacionamento.
Carlos teria atingido Admárcia com golpes de faca e depois carbonizado o corpo da ex-sogra. O O jovem ainda é acusado de em seguida , ter pego o garoto Ryan e jogado da cabeceira da Ponte Jullio Muller. O corpo do menino foi localizado já sem vida por um pescador.
Em abril deste ano, o acusado prestou depoimento à Justiça e confessou o duplo homicídio à juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
À magistrada, Carlos alegou que chegou na casa da vítima e após desentendimento, começou a desferir golpes de faca. “Lembro que fui dando facada nela e ela caiu. Por um momento assim fiquei com ódio, ódio, ódio. Quando eu olhei pra ela, ela já estava morta", completou o réu.
Ryan também estava na casa e dormia. Segundo o réu, quando a criança acordou já viu a avó morta no chão. O acusado disse que matou a criança porque teve medo de que ela contasse sobre a morte de Admárcia. "Fiquei com medo porque ele me viu. Fiquei com medo da criança pegar e falar. Daí, quis sumir com a criança", revelou.