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Possível trajeto percorrido por carro de PMs tem pelo menos dez câmeras

 
Segundo a polícia, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, teria pego o carro dos pais e dirigido até o Colégio Stella Rodrigues, onde estudava, depois de ter matado o pai, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini; a mãe, a policial militar Andréia Regina Bovo Pesseghini; a avó, Benedita Oliveira Bovo; e a tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva.
 
A reportagem do R7 traçou um possível percurso da casa, localizada na rua Dom Sebastião, 42, na Brasilândia, até a escola, na rua Professor João Machado, 269, na Freguesia do Ó. Neste possível trajeto, indicado pelo Google Maps, a reportagem verificou a existência de, pelo menos, dez câmeras – veja mapa abaixo.
 
Duas delas, localizadas na rua da escola, em um prédio residencial, identificaram o momento em que o Corsa é estacionado próximo ao colégio Stella Rodrigues. O vídeo foi gravado por volta da 1h15 da manhã do dia 5 de agosto. Pouco mais de cinco horas depois, o mesmo circuito flagra o adolescente andando a caminho da escola.
 
As demais câmeras podem ter capturado imagens do veículo que ajudem a identificar o motorista — ainda não há prova de que Marcelo estava conduzindo o Corsa.
 
O percurso simulado pelo R7 sai da rua Dom Sebastião, vira à direita na rua Antônio Trajano, à direita novamente na rua Paulo Garcia Aquiline e à esquerda na rua Alfredo Garcia Aquiline, que se transforma na rua Tiro ao Pombo.
 
Em seguida, vira à esquerda na rua Parapuã, onde foram verificadas quatro câmeras, e à direita na avenida Itaberaba, onde havia uma câmera. Na sequência, o percurso vira à direita na rua Chico de Paula, à direita na rua coronel Tristão e à direita na rua Estácio Ferreira.
 
Por fim, vira à direita na rua professor João Machado, onde o veículo pode ter sido registrado por, pelo menos, cinco câmeras — caso todas estivessem funcionando.
 
Percurso difícil
 
O trajeto percorrido pela reportagem durou 12 minutos e todas as vias são de mão dupla. Há muitas curvas e ladeiras, o que demanda domínio do volante. Segundo José Guedes, presidente da Sindauto São Paulo, não é normal que um adolescente de 13 anos tenha habilidade suficiente para dirigir, com perfeição, um trajeto como esse. Porém, não é impossível.
 
— Hoje em dia, as crianças têm muita curiosidade, facilidade e conhecimento necessário para várias atividades, inclusive dominar um veículo. É comum vermos pais dando o carro para os menores dirigir, especialmente em locais afastados. A polícia não informou sobre batidas no veículo.
 
R7

Redação

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